Republicanos bloqueiam no Senado investigação sobre ataque ao Capitólio

Os republicanos bloquearam nesta sexta-feira, 28, no Senado dos Estados Unidos a criação de uma comissão independente para investigar o ataque ao Capitólio ocorrido em 6 de janeiro, em uma tentativa de evitar uma indagação bipartidária antes das eleições legislativas de 2022.

A votação no Senado foi de 54-35 – 6 a menos dos 60 necessários para aprovar o projeto de lei enviado pela Câmara dos Deputados que previa formar uma comissão de 10 membros igualmente dividida entre os dois partidos. Na Câmara, ele contou com um modesto apoio republicano.

O resultado evidenciou a profunda divisão do Congresso americano e do país, quase cinco meses depois do mortal ataque ao Capitólio, e também evidencia a influência do ex-presidente Donald Trump no Partido Republicano.

A apreciação no Senado aconteceu um dia depois de apelos emocionados de policiais que lutaram com os manifestantes, de parentes de um oficial que morreu e de legisladores de ambos os partidos que fugiram pelos corredores do Capitólio quando os manifestantes invadiram o local.

Os senadores republicanos Mitt Romney, Lisa Murkowski e Susan Collins desafiaram seus líderes e apoiaram a criação dessa comissão, que tem o aval do presidente democrata, Joe Biden, e de vários ex-legisladores republicanos.

Onze senadores – nove republicanos e dois democratas – perderam a votação, um número alto incomum de ausentes em uma das votações mais importantes do ano. Alguns disseram que tiveram conflitos de agenda.

O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, alegou que a comissão não conseguiria acrescentar nada às investigações que estão sendo realizadas pelo Congresso e pelo Departamento de Justiça.

Os republicanos afirmam que mais de 400 pessoas foram detidas por esse episódio em janeiro, que deixou cinco mortos, e defendem que os processos judiciais aos quais foram submetidos já tratam sobre o ocorrido.

Na Câmara dos Deputados, 35 dos 211 deputados republicanos somaram-se anteriormente aos democratas para formar essa comissão, que teria como modelo a que investigou os ataques de 11 de setembro de 2001. (Com agências internacionais)

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