Roberto Jefferson disse à PF ter dado celular para ‘transeunte’ jogar no rio
Em relatório enviado ao STF, o delegado Rafael da Rocha Morégula disse que, ao ser questionado sobre o telefone, Roberto Jefferson informou que deu o aparelho a um “transeunte para que fosse jogado no Rio Paraibuna”. O documento diz ainda que, em nenhum momento, o ex-deputado foi visto “portando ou utilizando celular pessoal”.
“Durante todo o período em que lá estivemos, as buscas e o procedimento de prisão foram acompanhados, também, por familiares, assessores do alvo e empregados do imóvel que já se encontravam no local quando da chegada da equipe, ocasião em que Roberto Jefferson eventualmente pôde, por intermédio de terceiros, ter enviado mensagens ou áudios através de redes sociais”, escreveu o delegado.
Antes da batida no imóvel em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio, onde o ex-deputado foi preso, os investigadores estiveram em Petrópolis, na região serrana fluminense, casa da ex-mulher de Roberto Jefferson. Enquanto aguardava os policiais federais, o político chegou a gravar um áudio de 3 minutos e 40 segundos, enviado a correligionários, em que voltou a atacar ministros do Supremo.
Ao assinar o mandado de prisão, Jefferson escreveu: “Canalhice do marido da dona Vivi”, em referência à advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes.
“Cumpre ainda ressaltar que Roberto Jefferson, ao receber e assinar o mandado, após em seu canto direito os seguintes dizeres: “Canalhice do Maridão de dona Vivi”, tendo algum dos presentes no local tirado foto do documento sem o conhecimento da equipe policial. Outrossim, tendo em vista a não localização do aparelho de telefonia celular do alvo, foram as buscas encerradas e a equipe policial retornou à SR/PF/RJ, para o cumprimento das formalidades relativas à prisão”, concluiu o delegado.
O presidente nacional do PTB continua preso no Complexo de Bangu, na zona oeste do Rio. Ele foi denunciado na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por incitação ao crime, homofobia e calúnia contra o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
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