Santos empata com San Lorezno em Brasília e vai à fase de grupos da Libertadores
Além do aspecto esportivo, passar pelo San Lorenzo representou um pequeno alívio na difícil situação financeira do Santos, já que o clube tem garantido US$ 3 milhões apenas por disputar a fase de grupos – a equipe brasileira vai encarar Boca Juniors, Barcelona de Guayaquil e The Strongest na chave C.
Em campo, o San Lorenzo começou com quatro mudanças em relação ao jogo anterior, mas as mudanças pouco adiantaram. Desde o início, o Santos dominou a partida, deixando para o time argentino apenas os contra-ataques como arma.
O time argentino teve boa chance aos 15, em chute de Óscar Romero. O Santos respondeu aos 17, quando Marinho quase fez gol olímpico.
Aos 21, o time brasileiro abriu o placar. Soteldo tocou para Pirani, que lançou para Felipe Jonatan, que achou Marcos Leonardo livre na esquerda. Ele levou a bola para a linha de fundo e mesmo sem ângulo, chutou forte para marcar o primeiro gol do jogo.
A enorme desvantagem no placar agregado fez com que o San Lorenzo passasse a abusar das faltas mais duras. O time argentino passou a dominar o jogo e o Santos apenas tocava a bola. Na base da imposição, quase surge o gol de empate. Aos 36, Donatti foi para a área em um escanteio, subiu mais que Kaiky e cabeceou com muito perigo.
Aos 45, mais uma boa chance para o San Lorenzo. Juan Ramírez entrou na área e bateu firme, rasteiro, para ótima defesa de João Paulo, que deu o rebote, mas logo segurou a bola.
No segundo tempo, o San Lorenzo começou pressionando. Logo no primeiro minuto, Óscar Romero bateu de longe para defesa de João Paulo. Na sequência, após um cruzamento para a área, a bola sobrou para Nicolás Fernandéz, que dominou e bateu para fora.
O contra-ataque, arma do San Lorenzo no começo do jogo, começou a ser usada pelo Santos. No primeiro lance de maior perigo, a defesa do time paulista afastou a bola com um lançamento primoroso para Marinho, que partiu sozinho no campo de ataque e foi derrubado por Rojas, que recebeu o cartão vermelho direto.
Aos 11, mais uma jogada retomada pelo Santos. Soteldo caminhou com a bola, esperou a marcação e deu passe primoroso para Pará, que entrou na área e bateu no canto esquerdo de Davecchi para anotar o segundo gol do Alvinegro. Porém, dois minutos depois, em escanteio para o San Lorenzo, Di Santo ganhou de Luan Peres e testou firme para o gol, diminuindo o placar.
Marinho estava se estranhando com os defensores argentinos, recebeu o amarelo e foi substituído. O jogador não gostou e deixou o campo sem cumprimentar o técnico Arial Holan.
O Santos desacelerou demais o jogo e o San Lorenzo partiu com tudo para o ataque. Os argentinos chegaram ao empate aos 32. Ángel Romero, ex-Corinthians, tabelou com seu irmão gêmeo Óscar e de longe, bateu no canto direito de João Paulo, que demorou para ir na bola e falhou.
O time brasileiro não conseguia encaixar nenhum contra-ataque e o San Lorenzo quase virou aos 38. Após cobrança de escanteio, Óscar Romero cabeceou no canto esquerdo, mas João Paulo fez grande defesa.
Aos 43, Óscar Romero dominou fora da área e arriscou. Mais uma vez João Paulo salvou o Santos de levar a virada, espalmando a bola. Por fim, aos 50 minutos, em cobrança de falta levantada na área do time brasileiro, mais uma vez o goleiro precisou entrar em ação – ele defendeu uma cabeçada à queima-roupa de Peruzzi.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 2 SAN LORENZO
Santos: João Paulo; Madson, Kaiky, Luan Peres e Pará; Alison, Gabriel Pirani (Jean Mota) e Felipe Jonatan; Marinho (Lucas Braga), Marcos Leonardo (Kaio Jorge) e Soteldo (Copete). Técnico: Ariel Holan.
San Lorenzo: Devecchi; Peruzzi, Donatti, Gattoni e Rojas; Rodríguez (Elías), Ramírez e Óscar Romero; Ángel Romero, Di Santo (Franco Troyansky) e Fernández (Melano). Técnico: Diego Dabove.
Gols: Marcos Leonardo, aos 21 do 1º Tempo; Pará, aos 11, Di Santo, aos 13, e Ángel Romero, aos 32 do 2º Tempo
Juiz: Esteban Ostojich (URU).
Amarelos: Peruzzi, Alison, Marcos Leonardo, Di Santo, João Paulo, Lucas. Peres, Marinho e Rodríguez.
Vermelho: Rojas
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
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