São Félix do Xingu: MPF quer rigor em inquirição de assassinato de ambientalistas
De acordo com a Procuradoria, o casal vivia há mais de 20 anos em local conhecido como Cachoeira da Mucura e desenvolvia um projeto ambiental de proteção de quelônios, repovoando as águas do Xingu com filhotes de tartarugas todos os anos. Eles foram mortos a tiros.
O MPF considera o ocorrido como de “extrema gravidade”, indicando que o mesmo se insere “em um contexto de reiterados ataques a ambientalistas e defensores de direitos humanos no País”. A Procuradoria informou na sexta-feira, 14, que deve cobrar das autoridades providências e investigações céleres sobre o crime.
Na quinta-feira, dia 13, mais de 50 entidades e movimentos sociais divulgaram uma carta pública cobrando rapidez nas investigações e responsabilização dos envolvidos. Entre os signatários da carta estão a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
A nota afirma que levantamentos da CPT nas últimas quatro décadas apontam para o assassinato de 62 trabalhadores rurais e lideranças em conflitos de terra no município de São Félix do Xingu e até agora nenhum dos casos foi resolvido pelas autoridades do sistema de Justiça.
Relatório de 2021 da organização não governamental Global Witness apontou que o Brasil figura como o 4º país do mundo com maior número de ambientalistas assassinados, ressaltou a Procuradoria.
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