São Paulo registrou pior condição de seca no Brasil em março
Já o Espírito Santo ficou 100% livre de seca, o que não acontecia desde abril de 2020 no Estado. A mudança da situação aconteceu em virtude das chuvas acima da média no território capixaba.
O levantamento destaca São Paulo, que foi a unidade da Federação acompanhada pelo Monitor de Secas com maior porcentual de área com seca extrema (14%) e seca grave (37%) em março. O Estado também foi o único a registrar seca excepcional no Brasil no último mês: 4%. Com isso, o Estado teve cerca de 55% de sua área com os três níveis mais severos do fenômeno, configurando a situação mais grave de seca no País em março.
Em Minas Gerais, em março, a área total com seca subiu de 55% para 60% do Estado por causa das chuvas abaixo da média. Com isso, a seca extrema avançou no Triângulo Mineiro e a seca fraca se expandiu no nordeste, norte e sul de Minas.
Além disso, a seca fraca passou a moderada no noroeste mineiro. Considerando a área total com o fenômeno em março, o Estado registrou a terceira maior área nessa situação (355.436km²), ficando atrás da Bahia e Mato Grosso do Sul. Os impactos são de curto prazo no noroeste, nordeste e sudeste; e de curto e longo prazo nas demais áreas de Minas.
No Rio de Janeiro, entre fevereiro e março, a área com seca fraca saltou de 25% para 55%, especialmente no centro-sul fluminense, por causa das chuvas abaixo da média.
Em março deste ano, em comparação com fevereiro, as áreas com seca tiveram redução em 6 das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Alagoas, Maranhão, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Tocantins.
Em sete Estados, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação com fevereiro: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do Estado, o que não acontecia desde março e 2019. Outros três Estados registraram entre 96% e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás. O Distrito Federal e o Espírito Santo são as únicas unidades da Federação sem o fenômeno.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.
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