Saúde explica diferença entre vacinas e esclarece a importância da imunização
A imunização contra o novo coronavírus segue o cronograma estabelecido pelos planos Estadual e Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A medida que as doses chegam no Município, as faixas etárias são ampliadas. Desta forma, o número de pessoas imunizadas aumenta a cada dia. Dados divulgados pela Secretaria da Saúde apontam que, até às 20 horas de terça-feira (15), 42.927 pessoas receberam a primeira dose da vacina e 15.562 pessoas já foram imunizadas com as duas doses.
Apesar dos esforços para agilizar a imunização da população diante do agravamento da pandemia, há relatos, embora incomuns, de pessoas que estão escolhendo qual vacina querem tomar.
De acordo com o médico e diretor da Secretaria da Saúde, Fernando Pedrotti, em alguns casos as pessoas procuram os pontos de vacinação e, ao ser informada sobre o nome do fabricante da vacina utilizada naquele momento, acabam desistindo da imunização. “É algo que lamentamos profundamente porque vacina é oportunidade. Temos que ter isso em mente. É uma oportunidade, se a pessoa perder essa oportunidade ela não poderá ter outra”.
EFICÁCIA – Além de perder a oportunidade de se imunizar contra um vírus perigoso, Pedrotti salienta que esse tipo de comportamento representa negar algo que é fundamental. “A melhor vacina é a vacina aplicada. Existem diferenças na forma de produzir a vacina, mas não necessariamente existem diferenças na eficácia. Todas têm se mostrado de maneira geral seguras e eficazes”, enfatiza o médico.
Em todo o mundo, até a manhã de terça-feira foram aplicadas mais de 2,398 bilhões de doses da vacina contra a Covid. Os dados são da University of Medicine Johns Hopkins, uma instituição norte americana que tem se dedicado a avaliar e estudar o contexto da pandemia e que atualmente é o centro mundial mais confiável em relação ao dados da doença e com maior agilidade na apresentação dessas informações.
DIFERENÇAS – No Brasil são três vacinas aplicadas, a Coronavac/Butantan, a AstraZeneca/Fiocruz e a Pfizer. O médico explica que do ponto de vista prático cada imunizante tem uma metodologia de produção. “A Coronavac, por exemplo, é produzida com vírus inativado. É como se apresentasse um vírus inteiro para o meu corpo inativado e esse vírus tem a vantagem de, em possíveis mutações ou possíveis variantes do vírus, Coronavac poderia proteger mais”.
Ela também tem a vantagem da segunda dose dessa vacina é aplicada num intervalo de três a quatro semanas. “É uma vacina que tem mostrado um menor percentual de eventos adversos e efeitos colaterais. Não que isso seja um problema. Normalmente qualquer doença é muito pior que qualquer evento adverso”, complementa.
A AstraZeneca é uma vacina produzida a partir de um vírus, o adenovírus inativo, que não causa nenhum problema para os seres humanos, com a proteína spike, que são as protuberâncias que existem no Sars-Cov-2. Com a aplicação de duas doses, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos contra o agente causar da Covid-19. “É uma vacina extremamente segura e pela sua característica ela tem um elevado grau de proteção”, reforça o profissional.
Pedrotti cita também a terceira vacina ministrada no Brasil que é a Pfizer. Esse imunizante utiliza o chamado RNA mensageiro, uma tecnologia diferente e mais nova que as demais vacinas. No entanto, isso não a torna nem melhor e nem pior que as outras vacinas, apenas diferente. “Quando eu digo diferente é no sentido de que cada uma tem vantagens e cada uma tem desvantagens. Porém o que é fundamental é a proteção”, salienta o médico.
IMPORTÂNCIA – Neste momento da pandemia, quando os casos não param de aumentar, a vacinação se torna importante para proteger as pessoas e reduzir a circulação do vírus. “Ao fazer a vacina eu estou protegendo a mim, e aqueles que me rodeiam, aqueles que estão em contato comigo e a própria sociedade”.
O médico e diretor da Secretaria da Saúde Fernando Pedrotti esclarece que é muito perigoso esperar outro momento para se imunizar. “É bom lembrar que nós não definimos que vacina será aplicada em determinado grupo. Ela já vem do Ministério da Saúde com as especificações. E outra questão fundamental é receber a segunda dose. Se a pessoa deixa de receber a segunda dose, ela está negando a possibilidade de ficar protegida também está tirando essa dose de outra pessoas que poderia ser protegida”, conclui.
Da Redação
TOLEDO
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