Saúde promove capacitação de técnicos, médicos e enfermeiros sobre hantavirose

Com objetivo de sensibilizar os profissionais da urgência e emergência e Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a importância da assistência à saúde e diagnóstico precoce nos casos suspeitos de hantavirose, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou em Curitiba nesta terça-feira (26), uma capacitação sobre a doença. Participaram cerca de 50 técnicos de vigilância, médicos e enfermeiros dos 29 municípios da 2ª Regional de Saúde (RS) Metropolitana.

A hantavirose é transmitida por ratos do campo, com a inalação de partículas virais que ficam no ar vindas da urina e fezes desses roedores infectados. Com sintomas semelhantes a uma gripe forte, com febre, dor de cabeça, dores no corpo, tosse seca e falta de ar, a doença tem rápida evolução e deve ser notificada em até 24 horas, tanto para as secretarias municipais e estaduais de Saúde, quanto para o Ministério da Saúde, por meio do Sinan.“É muito importante capacitar as equipes para que o trabalho ocorra de forma conjunta e articulada. A detecção precoce e tratamento oportuno dos casos suspeitos de hantavirose são primordiais para a prevenção de casos graves e a queda no número de óbitos ocorridos em decorrência da doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.De acordo com a responsável técnica pela hantavirose e leptospirose da Sesa, Silmara Aparecida Ferreira de Carvalho, manter o entorno da casa sempre limpo e sem lixo acumulado são medidas simples que podem afastar o risco de contrair a doença. “Deixar os alimentos dos animais domésticos em potes bem fechados e em locais mais elevados do nível do solo também ajudam a conter a aproximação dos roedores”, completou.

DADOS – Alguns municípios do Paraná são considerados endêmicos para a doença, a circulação possui maior prevalência nos municípios da 6ª RS de União da Vitória.   De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2011 a 2021 foram confirmados 111 casos e 44 óbitos por hantavirose no Estado, destes, 41 casos (37%) e 19 mortes (43%) ocorreram em cidades da 6ª RS.“Está é uma região bastante suscetível porque possui uma grande concentração de áreas rurais com regiões de mata e anexo domiciliares como paiol, galpão, silos, depósitos, entre outros. Tudo isso propicia a circulação de roedores silvestres”, explicou Silmara.No Paraná, foram confirmados dez casos e duas mortes em decorrência da infecção em 2022. Já neste ano, foram notificados 102 casos suspeitos, com quatro confirmações: Balsa Nova (2ª RS), Palmeira (3ª RS), Cruz Machado e Paulo Frontin, ambos na 6ª RS. Não houve óbitos em 2023.

Da AEN

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