Secretaria de Segurança de SP veta atos da oposição no 7 de Setembro, diz Doria
A coordenação da campanha nacional Fora Bolsonaro afirma que manterá o protesto no Vale do Anhangabaú, e que a mudança de data não está em discussão. Em uma entrevista coletiva marcada por críticas a Doria, representantes de movimentos de esquerda ressaltaram que a realização de seu ato é uma questão de garantia constitucional. Na organização dos protestos há o receio de que a Polícia Militar não garanta a segurança do ato contra o presidente, e de que os manifestantes fiquem expostos à violência em eventuais confrontos com bolsonaristas.
“Houve a negativa da Secretaria de Segurança Pública à utilização do Vale do Anhangabaú, ou do Largo da Batata ou de qualquer outra área não só na capital, mas no Estado de São Paulo, para manifestações desta ordem (de oposição ao governo federal) no dia 7”, disse Doria em entrevista coletiva nesta quinta. “Não há conveniência de que grupos antagonistas se manifestem no mesmo dia, ainda que em locais diferentes. Isso põe em risco a segurança dos manifestantes, e obviamente divide o esforço de segurança pública do Estado de São Paulo.”
O governador tem insistido que os atos contra Bolsonaro sejam feitos no dia 12, o que irrita os manifestantes que coordenam a campanha pelo impeachment do presidente. No dia 12 há um ato convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o pelo Vem Pra Rua, grupos de direita que migraram à oposição contra Bolsonaro, ao qual Doria já declarou apoio.
“O governador está fazendo confusão de forma proposital”, disse o coordenador nacional da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, um dos organizadores da campanha da oposição contra Bolsonaro. “Nós esperamos mesmo que o governador João Doria não ouse, não continue tentando vetar a nossa manifestação no Vale do Anhangabaú. Vamos fazer a manifestação.”
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