Segunda onda: havia ‘controle’ sobre pandemia no 2º semestre, afirma Pazuello
“É claro que nas observações do segundo semestre poderia se inferir que a pandemia vinha num grau de controle e que com chegada de vacinas iríamos estabilizar curva de contágio e óbitos”, afirmou Pazuello. “Havia acompanhamento e informação, e distribuição de recursos e meios para todos os Estados”, disse em resposta a como o governo se preparou para a segunda onda da doença.
O ex-ministro também foi questionado sobre a estratégia de comunicação durante sua gestão. Ele alegou que não recebeu qualquer assessoramento externo sobre o assunto. “Era com a equipe que eu tinha”, disse Pazuello. De acordo com o ex-ministro, a Secretária de Comunicação tinha influência sobre as decisões, mas que não teria havido interferência do presidente Jair Bolsonaro sobre a comunicação.
“Nenhum autoridade me deu orientação para fazer de um jeito ou de outro”, disse Pazuello, segundo quem, quando a assumiu a secretaria-executiva do ministério, a pasta enfrentava um problema com a continuidade de contrato com a empresa de comunicação. “Não havia uma estrutura de comunicação”, disse.
Perguntado sobre o motivo de as campanhas do governo não tratarem sobre distanciamento social, Pazuello afirmou que não havia ordem para o assunto não figurar nas peças. “Se campanha não entrava nesse ou em outro detalhe, era questão de campanha, e não de ordem”, afirmou o ex-ministro, segundo quem a diretriz era de centralizar na Secom as campanhas publicitárias.P
Acareação
“Vamos ter de promover uma acareação entre depoentes. Alguém está mentindo. Ou todos eles.” A declaração foi dada pelo senador e ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE), no Twitter, em referência às contradições analisadas entre depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Em fala à comissão nesta quarta-feira, O ex-ministro Eduardo Pazuello afirmou que as propostas de vacinas da Pfizer foram respondidas “centenas de vezes”. No entanto, em depoimentos na semana passada, o gerente-geral da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo, e o ex-secretário da Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten afirmaram que as propostas de negociação do imunizante ficaram sem respostas por meses.
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