Seleção masculina de tênis de mesa inicia preparação aos Jogos de Tóquio-2020

A seleção brasileira masculina de tênis de mesa iniciou nesta quinta-feira a sua preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. O local escolhido para este período foi a cidade de Ochsenhausen, na Alemanha, onde Hugo Calderano reside e jogou até o mês passado. Todo o grupo estará reunido até meados de junho.

Neste primeiro momento, por conta da reta final das ligas europeias e por questões burocráticas, apenas dois atletas estarão presentes: Hugo Calderano e Vitor Ishiy. Ainda neste mês de maio, Eric Jouti se junta ao grupo, enquanto que Gustavo Tsuboi e o técnico Francisco Arado seguem posteriormente para a Europa. O grupo ainda passará por Hamamatsu, no Japão, dias antes da estreia nos Jogos. A equipe técnica que vai iniciar a preparação é composta pelos técnicos Jean-René Mounié e Michel Blondel, o fisioterapeuta Mikael Simon e o psicólogo Makis Chamalidis.

Pelo menos para um atleta, tudo é novidade. Vitor Ishiy, 59.° do ranking mundial, foi convocado pela primeira vez para uma seleção olímpica. Ele sabe que este é um momento que ficará eternizado e quer aproveitar a grande oportunidade que recebeu.

“Estou bem empolgado, quero viver cada momento dessa preparação intensamente. Vou guardar essa emoção por toda a vida. Acho que ter esse período de treino vai ser muito bom, e também estar bem mentalmente é importante. Estamos trabalhando com o Makis, graças a CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa) e ao Jean René. O importante é chegar bem preparado”, disse Ishiy.

O atleta segue em atividade na divisão Pro B, da França. Seu time, o C’Chartres, briga pelo título e a promoção para a Pro A, a divisão de elite do país. Por este motivo, ele interrompe a preparação na próxima semana para jogar as partidas finais na França e retorna para a Alemanha no final do mês. Calderano, já de férias, segue em Ochsenhausen durante todo o período.

Os quase 80 dias de preparação parecem ser fundamentais em uma Olimpíada totalmente atípica. Em quase um ano e meio de pandemia, foram realizadas pouquíssimas competições internacionais e os treinamentos foram interrompidos inúmeras vezes por ações de isolamento e quarentenas. “Temos dois meses e meio preparação e o grupo de treino é bem forte. Acho que vai ser muito importante ter bastante tempo de treino seguido, por conta da pandemia está difícil ter um período assim”, lembrou Ishiy.

Além da equipe masculina, a seleção feminina também deve realizar uma preparação especial em Portugal, antes de seguir para o Japão. No caso das meninas, como todas estão envolvidas com jogos decisivos na Espanha, Portugal e Suécia, os treinamentos devem acontecer a partir de junho.

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