Sem casos confirmados de dengue, Regional de Saúde reforça os cuidados

O 5º Informe Epidemiológico da dengue no Estado do Paraná registra 193 casos confirmados da doença. São 61 casos a mais que o informe anterior que apresentava 132 confirmações. Há ainda, 1.432 casos em investigação e 199 municípios registraram notificações de dengue, que passaram de 3.356 para 4.087, um aumento de 21,78% em relação à semana anterior. O Estado não registrou nenhum óbito neste período. Os dados são do novo período sazonal da doença, atualizados na última terça-feira (28). O período iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.

No âmbito da 20ª Regional de Saúde (RS) não há casos confirmados de dengue neste período epidemiológico. De acordo com o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini, há 49 notificações em investigação nos municípios de Assis Chateaubriand, Marechal Cândido Rondon, Santa Helena e Toledo. No período, 33 já foram descartadas, totalizando 82 notificações de dengue, até a última terça-feira (28).

Entre as notificações, ele explica que Santa Helena apresentou maior alteração. Atualmente o município tem 12 notificações em investigação. Naquela localidade, as equipes de Endemias já realizaram um trabalho em pontos estratégicos para eliminar focos de dengue, como depósitos de reciclados, por exemplo.

 “Nossa região ainda está numa situação tranquila em relação a dengue. Não temos a circulação da doença ainda e todos os Levantamentos Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e Levantamentos de Índice Amostral (LIA) dos municípios da Regional apresentaram índices baixos. Porém, os cuidados não podem ser esquecidos porque o período mais crítico é no auge do verão por isso, a prevenção deve começar agora”, comenta.

CUIDADOS – Zanini pontua que vários fatores contribuem para o cenário epidemiológico favorável como a ação do fumacê realizada em 2020 que reduziu a circulação do Aedes aegypti, a estiagem nesta época do ano que reduz a quantidade de criadouros do mosquito, a diminuição de circulação de pessoas de outras regiões e a conscientização da população”

“Com a Covid-19, muitas pessoas deixaram de viajar, desta forma os casos importados de dengue também reduziram. A população também está mais preocupada com a sua saúde e atenta aos cuidados com a casa, os lotes e quintais. Historicamente estamos dentro da normalidade, mas os trabalhos de prevenção devem ser feitos neste momento”, pontua.

O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª RS explica que a região Oeste é considerada região endêmica, por isso que as ações de controle durante o ano todo são importantes para reduzir os pontos focais. “Desta forma teremos uma grande redução do vetor da dengue e da capacidade de transmissão”, complementa.

Além de adotar as medidas de prevenção, é preciso estar atento aos sintomas da dengue, como incluem febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, manchas vermelhas na pele e dores nas articulações e nos músculos. “Ao apresentar os primeiros sintomas a pessoa deve buscar atendimento em uma unidade de saúde para o atendimento e para a equipe de Endemias realizar os protocolos de bloqueios. A dengue não tem vacina, por isso é importante que o atendimento seja o mais rápido possível”, conclui.

Medidas para combater a dengue

– atente-se aos vasos de plantas evitando o acúmulo de água

– livre-se de objetos que acumulam água dando o destino correto

– armazene garrafas tampadas ou com a boca para baixo

– higienize comedouros dos animais regularmente

– tenha cuidado com o lixo amarrando bem as sacolas

– limpar sempre as calhas dos canos

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Aen

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