Semana do Migrante foi um espaço de interação entre os povos

Valorizar a cultura de cada país, fomentar a economia criativa local e fortalecer os colaboradores voluntários da Embaixada Solidária são destaques na Semana do Migrante. A programação encerrou na última quarta-feira (26). Em sua segunda edição, as ações tiveram o apoio da Secretaria de Cultura de Toledo e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo. O evento homenageou o Dia do Refugiado (20/06) e o Dia Nacional do Migrante (25/06).

A programação foi ampla no último dia com a realizada de oficina de produção de saboaria e de óleos essenciais. Além disso, ocorreu a Reunião do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, uma pauta considerada urgente e necessária até que todos sejam vistos.

A presidente da Embaixada Solidária Edna Nunes relata que o fluxo de denúncias contra o tráfico de pessoas aumentou. “Isso pode ser considerado normal, porque a rede está preparada”.

Outro assunto abordado na Reunião do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas esteve relacionado a Saúde Mental de quem deixa o seu país e vem tentar a vida no município. Edna pontua que algumas pessoas apresentam transtornos mentais e, inclusive, tornam-se moradores de rua. “Por isso, estamos articulando uma ação com a rede para auxiliá-los. Eles vivem uma síndrome, ou seja, o sofrimento do processo em vir para um país desconhecido o deixa fragilizado emocionalmente”, menciona.

A presidente da Embaixada Solidária menciona que a proposta é unir forças. “São pessoas que estão em surto e elas precisam ser acompanhadas para acontecer a reinserção na sociedade”.

ATENDIMENTO – Durante a Semana do Migrante, a Embaixada Solidária recebeu representantes de diversos países e foram servidas mais de 300 refeições. “Nós tivemos em nossa cozinha cinco países cozinhando juntos. Foram momentos agradáveis e de conscientização. Momentos de alegria e para quebrarmos o preconceito. O imigrante precisa tomar o seu lugar, que é de direito”, destaca Edna.

A presidente da entidade complementa que a Embaixada Solidária existe para que o imigrante possa ter voz. “Foi muito lindo e aconchegante esses dez dias”. A coordenadora da Semana do Migrante Jaqueline Machado ainda salienta que a programação foi excelente e superou as expectativas da organização. “Nós tivemos uma ampla participação da comunidade imigrante e dos brasileiros, que passaram a conhecer o espaço da Embaixada Solidária – um espaço de interação entre a comunidade local e a atendida pela entidade”.

Da Redação

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