Setor de rochas brasileiro atinge US 1 bi em exportações
Em um cenário desafiador, o setor de rochas naturais brasileiro registrou faturamento de US$ 1,11 bilhão em exportações em 2023. Os dados são do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas). O número reflete a resiliência do setor que, após atender a demanda reprimida no pós-pandemia segue enfrentando antigos problemas como obstáculos logísticos.
Segundo o presidente do Centrorochas, Tales Machado, o restabelecimento do segmento como consequência ao boom do pós-pandemia, era esperado. “Muitos segmentos econômicos sofreram os impactos da pandemia de forma imediata. No setor de rochas, me arrisco em afirmar que ele está chegando agora. O que nos conforta é que esse efeito veio em forma de restabelecimento do faturamento aos níveis do período pré-Covid.”, explicou.
Segundo o dirigente, mesmo com a redução do faturamento em comparação a 2022, de 13,4%, o desempenho positivo foi mantido, sinalizando a capacidade do setor em superar adversidades. “Por meio do It’s Natural, temos realizado várias estratégias de expansão de mercados e a busca inovadora de aproximação com os especificadores internacionais de rochas”, afirmou referindo-se ao projeto setorial de promoção das rochas brasileiras no mercado internacional, executado pelo Centrorochas com o apoio da ApexBrasil.
Entre as ações confirmadas para este ano, está a participação brasileira na KBIS 2024, principal evento da América do Norte para design de cozinhas e banheiros, que reunirá mais de 49 mil arquitetos e designers entre os dias 27 e 29 de fevereiro, em Las Vegas. E o Brasil contará com um estande conceitual para promoção de suas pedras no país que mais importou seus materiais em 2023. Os Estados Unidos foram o principal destino das rochas naturais brasileiras, absorvendo 54,7% de tudo o que o Brasil enviou. Na sequência aparecem China (15,4%), Itália (7,16%), México (5,11%) e Reino Unido (1,8%).
Entre estados exportadores, o Espírito Santo se manteve na liderança, com 82,24% dos embarques nacionais, seguido por Minas Gerais (10,4%) e Ceará (3,16%).