Siron Franco presta tributo às vítimas da pandemia
“Bem no início da pandemia, tirei um manequim para limpar em meu ateliê de Aparecida de Goiânia e pendurei num varal a alguns metros de altura”, conta Siron. “O número de vítimas da covid-19 foi aumentando, e surgiu a ideia dessa instalação para criticar o negacionismo de pessoas avessas à vacinação”. A instalação, ainda segundo o artista, sugere a imagem de uma população que “flutua”, projetando sombras conforme a incidência da luz solar. Mais conhecido como pintor, o artista considera Renascimento mais como uma “pintura flutuante”, em que os personagens encapuzados “interrogam” o espectador. O número de manequins corresponde a cada dia do ano e é carregado de simbolismo.
Os bonecos representam, segundo ele, “os que se foram, bradando pela união das pessoas”. Siron acredita que a solidariedade cresceu durante a pandemia, mas ainda é insuficiente. O pintor produziu no passado obras sobre tragédias que afetaram o Brasil, entre elas uma série produzida em 1987, logo que aconteceu o histórico acidente radioativo com o césio 137 em Goiânia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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