Soja: regional de Toledo monitora presença de esporos da ferrugem
A rede Alerta Ferrugem trouxe novidades no manejo de pragas e de doenças, durante o segundo boletim semanal do programa Grãos Sustentáveis do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).
Atualmente, o IDR-PR possui mais de 185 coletores instalados no Estado e o monitoramento acontece desde o dia 15 de outubro. Conforme o coordenador Estadual do Programa Grãos Sustentáveis, Edivam José Possamai, as primeiras afirmações de esporos da ferrugem asiática foram realizadas. As confirmações aconteceram na regional de Toledo, no município de Santa Helena.
Possamai comenta que dos quatro coletores instalados naquela região, dois detectarem esporos da ferrugem- asiática a partir do dia 26 de outubro. “Esse registro aconteceu após as chuvas intensas registradas naqueles dias. Ainda não sabemos as origens dos esporos, mas temos o conhecimento que existia uma massa de ar intensa e a movimentação do ar no período. Por isso, não precisamos ainda a origem dos esporos”, destaca o profissional.
O coordenador Estadual do Programa Grãos Sustentáveis esclarece ao produtor rural que a presença de esporos no coletor não significa, necessariamente, a presença de doenças nas plantas. “Os esporos são apenas indicativos que a estrutura germinativa do fungo está circulando naquele ambiente. Inclusive, a equipe ao realizar a vistoria observou que as plantas não apresentam sintomas nestes pontos coletores”, enfatiza.
ORIENTAÇÕES – Possamai revela que o esporo pode ser proveniente de qualquer local, desde um ponto próximo a cultura em Santa Helena ou distante. “No primeiro momento, julgamos que veio distante, porque uma massa de ar intensa passava pelo Estado naquele período”, recorda.
Com isso, a equipe do IDR-PR recomenda que o produtor intensifique o monitoramento e a vistoria nas lavouras. “A presença de esporos é um indicativo que o fungo circula no ambiente”, enfatiza Possamai ao complementar que “o monitoramento auxilia a confirmação que não há risco na planta”.
Outra orientação é que o produtor acompanhe a rede Alerta de Ferrugem semanalmente. As próximas informações são publicadas nesta sexta-feira (12), no Youtube do IDR-PR. “A partir das primeiras detecções, o acompanhamento semanal vai indicar se teve uma origem próximo ao ponto coletor ou distante. Caso não apresente esporos nos coletores próximo ao de Santa Helena existe o indicativo de que o esporo veio de longe e não existirá a infecção, inclusive na região”, destaca o coordenador Estadual do Programa Grãos Sustentáveis.
Na oportunidade, o profissional menciona que o coletor é mais uma ferramenta para o manejo da doença. “Contudo, ela não pode ser utilizada de maneira isolada. Outros indicadores devem complementar, como avaliar o estágio da cultura, que é inicial e, com isso, não existe a necessidade em realizar aplicações de fungicidas. Também é preciso considerar o sintoma na planta e observar as questões ambientais. A ferrugem gosta de temperaturas elevadas e bastante umidade, esses são os indicativos do comportamento da doença”, finaliza Possamai.
Da Redação
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