Suinocultura é destaque no Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo

O Boletim de Conjuntura Econômica do Município de Toledo, em sua 6ª edição divulgado nesta semana traz dados sobre o saldo do emprego formal, informações sobre depósitos nos bancos comerciais, dados do Caged, entre outros. A suinocultura é o destaque do levantamento que mostra que a produção se consolida em Toledo.

O Boletim é fruto de uma parceria entre a Associação Comercial e Empresarial de Toledi (Acit) e o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. Seu objetivo é fornecer informações sobre a economia municipal de forma clara e objetiva.

O documento traz os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) no ano de 2019, quando o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do município de Toledo foi de R$ 2.689.201.2310,78, passando para R$ 3.497.883.392,96 no ano de 2020, o que representou um aumento de 30,09% nesse período.

“Isso demonstra o crescimento expressivo da produção agropecuária do município, na qual a suinocultura possui o maior percentual de participação, além de ser o maior rebanho do estado. No ano de 2020, o município apresentou um rebanho efetivo de suínos de 1.173.500 animais, o que representou 17,14% do rebanho efetivo total do estado do Paraná, que no período foi de 6.944.541 animais. Atualmente, o suíno de corte é responsável por cerca de 30% de toda proteína animal que é processa no município. Só no ano de 2020 foram produzidas 936 toneladas de carne suína em Toledo”, pontua o levantamento.

O documento cita ainda que esse montante de produção, aliado a um aumento na demanda interna e externa, juntamente com os bons preços identificados na agropecuária durante o decorrer do ano de 2020 fez com que houvesse um crescimento considerável no VBP no município. Tanto que a suinocultura representou 43,92% do VBP de Toledo no ano de 2020. Estima-se que no ano de 2021, a produção de carne suína em Toledo deva alcançar 950 mil toneladas.

CRECIMENTO – Para os próximos anos, o levantamento estima que a produção de suínos deve continuar crescendo, incentivada pelo novo status da região Sul do Brasil, que foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como zona livre da Febre Aftosa sem vacinação. Isso cria novas perspectivas de produção e abre novos mercados para Toledo e toda a região Oeste do Paraná.

“O município tem um polo de nutrição animal, tem expertise dos produtores rurais e a transferência de pacotes tecnológicos feitos pelas agroindústrias que faz com que Toledo se torne competitivo na suinocultura. Além disso, alguns problema ambientais que vinham junto com a suinocultura como a alta produção de dejetos, atualmente já encontra um tratamento adequado com as novas tecnologias existentes. O mercado internacional continua aberto aos produtos brasileiros, principalmente derivados de suínos, tanto é que o Brasil ampliou a sua cota de exportação para a Rússia, o que deve estimular cada vez mais o setor”, explica o coordenador do Boletim, Jandir Ferrera de Lima.

MOVIMENTAÇÃO DOS BANCOS – O Boletim de Conjuntura aponta que o saldo dos financiamentos imobiliários, depósitos em poupanças e depósitos a prazo nos bancos comerciais ou de varejo de alguns municípios do Oeste do Paraná seguem estáveis ou em alta. Os dados mostram que entre janeiro e julho de 2021, o saldo dos financiamentos imobiliários em Cascavel apresentou aumento de 3,80%. Além do financiamento imobiliário, as operações em poupança (1,95%) e depósitos a prazo (0,31%) também aumentaram a sua participação no período. Em Toledo, a população também ampliou sua participação no endividamento imobiliário (2,13%), mas também sua participação nos depósitos em poupança (1,53%) e a prazo (10,02%).

O coordenador do Boletim explica que os financiamentos imobiliários foram muito estimulados ao longo do último ano pela baixa na taxa de juros. “Além de que em 2020 nós vivenciamos um ciclo interessante nos negócios que fez com que os produtores recebessem preços bem elevados pelos seus produtos, isso também estimulou a construção civil por que os imóveis são usados como reserva de valor pelos agricultores e por alguns investidores de modo geral”.

Já com a alta na taxa Selic, ele pondera que, provavelmente, o financiamento imobiliário deve ficar mais caro e deve haver uma reacomodação desse setor ao longo do tempo. Lima salienta que isso é um reflexo de uma conjuntura em todo o Brasil. Em relação aos outros depósitos, a poupança continua sendo muito procurada pelos brasileiros como uma reserva de valor. “Com a alta da taxa Selic ela começa a ser tornar mais atrativa para aqueles que buscam aplicações financeiras com muita liquidez e baixo risco”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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