Surfistas brasileiros elogiam base de apoio do COB no Taiti

Em uma aconchegante pousada localizada a poucos metros da praia de Teahupo´o, no Taiti, Polinésia Francesa, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) montou a base de apoio para o Time Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Famosa por suas desafiadoras ondas gigantes, Teahupo´o será a sede olímpica do surfe e o Brasil será um dos poucos países com um local exclusivo para suporte da equipe.

A operação está sendo testada durante a décima etapa do Circuito Mundial da World Surf League (WSL). João Chianca, Tatiana Weston-Webb e Yago Dora, surfistas brasileiros hospedados no local e que usufruem dos serviços oferecidos, se impressionaram com a qualidade da estrutura e aprovaram a ação realizada em parceria com a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Filipe Toledo, atual líder do ranking e com vaga carimbada para Paris 2024, e o tricampeão mundial Gabriel Medina, também vem se beneficiando da estrutura.

“Essa ação do COB no Taiti é fundamental para detalharmos toda a operação para os Jogos Olímpicos de 2024. Temos que ser muito assertivos, buscar soluções dos problemas encontrados e entender a visão dos atletas e treinadores. O Brasil possui uma equipe formada por grandes surfistas com potencial de medalhas olímpicas. Então, precisamos ter um cuidado nos serviços oferecidos e entendermos o que podemos evoluir até os Jogos Olímpicos. Estamos construindo juntos um ambiente bastante adequado, mas mantendo todos os serviços de excelência que o COB sempre busca em suas missões”, afirmou diretor de Alto Rendimento do COB Ney Wilson.

A base de apoio do COB no Taiti coloca à disposição dos atletas os seguintes serviços: transporte aéreo e terrestre, alimentação brasileira, hospedagem, serviços médicos, fisioterapia, área de força e condicionamento, vídeo-análise, além de um jet ski para resgate e barco de apoio. Estes últimos foram viabilizados pela CBSurf, através do seu conhecimento do local.

“O COB montou uma estrutura incrível aqui em Teahupo´o e certamente estaremos muito bem nos Jogos Olímpicos no ano que vem. Temos tudo na mão aqui. Chef cozinhando, barco, jet ski para resgate, fisioterapia, academia. Com tudo isso que o COB está nos dando aqui, nos sentimos muito confortáveis, mais confiantes e preparados”, afirmou Tati Weston-Webb, que já está classificada para os Jogos Olímpicos de 2024.

A surfista já havia ficado na pousada em outras ocasiões e elogiou as melhorias feitas no local. Ela também valorizou o apoio que recebe do COB desde o último ciclo olímpico. “Pessoalmente, o COB mudou minha vida profissional para o lado bom. Antigamente, eu não tinha oportunidades de desenvolver meu corpo em áreas como nutrição, preparação, saúde mental. Sou super grata, porque sem o COB, eu não ia chegar no meu nível atual. Sinto que evolui bastante nos treinamentos e nos cuidados com a minha saúde desde Tóquio. Isso é muito importante para chegar preparada para o grande momento no ano que vem”, avaliou a surfista.

O Brasil será um dos poucos países com uma base exclusiva no Taiti. Somente as grandes potências da modalidade terão essa estrutura. As demais ficarão hospedadas em um barco da organização dos Jogos Olímpicos. “A experiência aqui na base do COB está sendo muito legal. É muito bom ter a estrutura do COB, passa uma confiança. Realmente, é muito bom ter o equilíbrio de uma boa alimentação, um lugar para relaxar e se exercitar, ter espaço para as pranchas. Esse reconhecimento é o que a gente precisa. Ter essa estrutura disponibilizada para a gente fazer o nosso melhor é muito gratificante. Tem sido tudo muito perfeito”, elogiou João Chianca, atual quarto colocado no ranking mundial.

Em relação à alimentação, o COB trouxe para o Taiti um chef brasileiro, que também prestou serviços para a entidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Além do preparo das refeições, o profissional está treinando uma equipe local para ajudá-lo no trabalho. “Toda essa estrutura é um grande diferencial. Está todo mundo aproveitando bastante. Geralmente, nos eventos cada um faz o seu. Não ter que se preocupar com tudo, só chegar e saber que está tudo resolvido, dá um conforto muito grande para todos os atletas. Também é muito bom ter a comidinha que a gente conhece, nosso tempero. A culinária local é muito boa, mas é sempre bom ter o que já estamos acostumados, que sabemos que dá certo. Teahupo’o é um lugar bem simples, uma vila pequena, então, toda essa estrutura à nossa disposição está sendo uma mordomia”, brincou o catarinense Yago Dora.

A etapa de Teahupo´o é decisiva para definir os cinco atletas que irão para o Finals, a última etapa da WSL, na praia de Trestles, em San Clemente, California (EUA), mas também quem seguirá com chances de classificação olímpica para 2024. Felipe Toledo, no masculino, e Tatiana Weston-Webb, no feminino, já são nomes confirmados. João Chumbinho (4º lugar no ranking), Yago Dora (5º) e Gabriel Medina (6º) disputam a segunda vaga masculina. O Brasil pode ainda ter um terceiro atleta caso seja campeão por equipe no ISA Games do ano que vem, em Porto Rico. No feminino, o Brasil pode alcançar mais uma vaga caso conquiste a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Santiago 2023.

RIO DE JANEIRO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.