Terremoto de magnitude 5,9 provoca pânico em Melbourne, na Austrália
O tremor surpreendeu a população de Melbourne às 9 horas (20h de Brasília, ainda na terça-feira) e foi sentido a centenas de quilômetros de distância.
Os serviços de emergência receberam ligações inclusive de Dubbo, a 700 km do epicentro.
Muitos moradores de Melbourne, que respeitam o confinamento imposto há oito semanas, estavam em suas casas no momento do terremoto, mas correram para as ruas, assustados, e os vídeos inundaram as redes sociais.
O terremoto, um dos maiores já registrados na Austrália, danificou alguns prédios da segunda maior cidade do país.
De Nova York, onde está para a Assembleia-Geral da ONU, o primeiro-ministro Scott Morrison afirmou que até o momento não foram registradas vítimas ou danos importantes. “Um terremoto desta natureza pode ser muito alarmante (…) São fenômenos muito incomuns na Austrália”, disse.
No bairro de Chapel Street, uma área comercial popular de Melbourne, o susto foi grande e tijolos se desprenderam dos edifícios.
“Estava sentado em meu escritório […] Precisei de um pouco de tempo para compreender o que estava acontecendo”, declarou ao canal ABC Mark Holcombe, o prefeito de Mansfield, cidade próxima do epicentro do tremor.
Este é o maior terremoto registrado no sudeste da Austrália em muitos anos, informou à AFP Mike Sandiford, geólogo da Universidade de Melbourne.
Um terremoto dessa magnitude acontece a cada “10 ou 20 anos no sudeste da Austrália, o último aconteceu em Thorpdale em 2012”, recorda. “Tivemos alguns muito grandes, de 6 graus, no fim dos anos 1800, mas não sabemos as magnitudes precisas”, destacou.
A Geoscience Australia afirmou que quatro tremores secundários foram registrados, oscilando entre 2,5 e 4,1 graus.
As obras de reparo pelos dados causados pelo tremor na cidade podem ser prejudicadas pelo confinamento e os protestos organizados nos últimos dias.
Centenas de pessoas se reuniram no centro de Melbourne nesta quarta-feira para protestar contra a obrigação de vacinação contra covid-19 para os trabalhadores da construção civil.
Na terça-feira, a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar uma manifestação violenta e indicou que mais protestos “não seriam tolerados”. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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