Comunidade pede mais rigor na Lei e realiza manifestação contra pedofilia em Toledo

Um grupo de populares se reuniu em frente ao Fórum de Toledo na tarde desta quarta-feira (29). Motivados pelo movimento Toledo contra a Pedofilia, diversas pessoas se uniram em uma manifestação contra o aumento de casos e exploração de menores no município. Revoltados e preocupados, eles apresentaram cartazes com frases de protestos e alerta sobre os casos de pedofilia mas, principalmente, aqueles em que os suspeitos são professores.

A advogada Fabiane Ana Stockmanns Prochnau é uma das pessoas que incentivou a formação do grupo e a realização do protesto pacífico. Segundo ela, o principal objetivo é dar voz para quem não tem voz. “Queremos dar voz para a criança e ao adolescente, pois eles não conseguem identificar o crime que pode estar acontecendo”.

Fabiane afirma que a sensação é de impunidade, principalmente diante dos últimos episódios. “Como é possível um suspeito ser liberado diante de tantas provas e ainda voltar a trabalhar normalmente”, questiona Fabiane.

INDIGNAÇÃO

A advogada se refere ao caso do professor suspeito de pedofilia, pornografia infantil e cyberbullying, na cidade. Ele foi preso pela Polícia Civil, porém, recebeu liberdade provisória pela Justiça na última sexta-feira (24). “Acredito que o fato de o suspeito estar livre deixa outras pessoas que podem colaborar com a investigação ou quem já denunciou com medo. É preciso ter uma mudança na legislação de Cyberbullying”, comenta a advogada.

Outro fator pontuado por ela está relacionado ao comportamento da própria escola. “Muitas vítimas repassaram informações à escola, mas nada foi feito. A escola precisa ter um cuidado extra no momento da entrada de seus alunos. É preciso criar uma plataforma com as informações de pessoas pedófilas”, afirma Fabiane.

A advogada ainda salienta que outra sugestão é melhorar a comunicação entre as escolas da cidade para que esse tipo de pessoa não se infiltre no ambiente de ensino. “Muitos locais não exigem antecedentes criminais”, pontua.

ORIENTAÇÃO

Para a empresária Pâmella Macedo, é preciso apoiar a iniciativa popular. “Eu vim dar apoio, porque não adianta ficar atrás do computador, criticar em rede social e na hora do ‘pega’ não participar. Concordo que a Lei precisa mudar. Nós (pais) precisamos orientar as nossas crianças de uma maneira preventiva, para que elas consigam entender o que está se passando”.

A engenheiro agrônoma Rosemary Zillmer, mais conhecida como Tika, revela sua preocupação diante dessa violência contra a criança e o jovem. “Em meu entender é inadmissível e me parece que existe um alvo muito grande colocado nas crianças, na infância”.

Tika complementa que seus filhos são adultos, mas ela não admite tal situação. “Um dia serei avó. Nós sabemos que é um problema que existe e precisamos encará-lo. Infelizmente, um professor que está próximo das crianças e dos adolescentes. É algo que nos choca e pedimos providências. Não queremos de forma alguma que nenhuma criança ou jovem sofram violência. É uma marca que fica na criança e como ela será apagada?”.

PREOCUPAÇÃO

Jorge Morgenstern é professor e deixou o seu trabalho para participar da manifestação. “É uma preocupação como profissional e pai. Existe muita injustiça na Lei. Inclusive, em muitos momentos, a Lei é falha. Defendo a necessidade de criar novas situações e que elas não permitam essas questões. Quem tem filho sabe que corre risco”.

Jorge é professor de futebol e quando acontece esse tipo de crime envolvendo um professor denegri a imagem de todo o profissional. “O fato dele estar ligado na Educação é outro motivo de indignação da sociedade, porque os pais entregam os filhos ao professor e vem o revés. Eu sou a favor ao exame toxicológico e ao exame anti-criminal para o professor, pois quem não deve, não teme”.

O vice prefeito de Toledo Ademar Dorfshmidt lamenta o crime. “É uma tristeza no espaço em que ele ocorre. Existe a comoção! É importante que a sociedade se mobilize e participe. As nossas escolas já abordam esse assunto com as crianças. Elas precisam estar preparadas. Contudo, o envolvimento da família se faz necessário. O Poder Público está como uma ‘mão amiga’ da sociedade”.

Da Redação

TOLEDO

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