Toledo está com risco alto de contaminação do novo coronavírus

Após estar em um patamar considerado de risco baixo, a evolução epidemiológica avança e Toledo está em alerta vermelho, o que representa risco alto de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19), conforme os parâmetros da Matriz de Risco criada pelo Conselho Nacional de secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Essas informações foram apresentadas durante a reunião do Centro de Operações Emergenciais (COE) realizada ontem (24).

O diretor da Secretaria Municipal de Saúde o médico Fernando Pedrotti explica que a Matriz de Risco possui uma escala de zero a 40 e a soma de cada um dos seis indicadores analisam a capacidade de atendimento, a quantidade disponível de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), leitos de enfermaria, previsão de esgotamento de leitos de UTI e a situação epidemiológica da cidade.

Ele comenta que a Matriz também avalia o registro de óbitos e os casos positivos e negativos de síndromes respiratórias aguda graves. A partir deste cálculo, haverá um indicador e uma medida a ser adotada.

Na escala, Toledo subiu de 15 para 21 pontos. Essa evolução é devido, principalmente, ao aumento no número de óbitos entre as Semanas Epidemiológicas 31 a 33/2021 (50%, de dois para três) e pela ocupação dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) de enfermaria adulto por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na 20ª Regional de Saúde de Toledo.

RECOMENDAÇÃO – A orientação dos Conselhos é realizar uma avaliação semanal para estimar o quanto a adoção da medida do Poder Público foi eficaz para a redução do risco. O Conass e o Conasems esclarecem que caso o risco tenha aumentado deve-se adotar uma medida de distanciamento social mais rigorosa. Caso o risco tenha reduzido, deve-se adotar a medida de distanciamento social imediatamente anterior à que foi adotada previamente de forma gradual.

Como Toledo sinaliza na cor vermelho, essa classificação orienta adotar as medidas básicas; suspender as atividades econômicas não essenciais definidas pelo território, avaliando cada uma delas ou definir horário diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomeração nos sistemas de transporte público.

EVOLUÇÃO – Conforme o médico Fernando Pedrotti, na última Semana Epidemiológica (SE33) – no período de 15 de agosto a 21 de agosto – 550 testes foram realizados no município, sendo 362 testes descartados e 109 testes positivos, ocasionando uma taxa de positividade de 23,14% e 66 testes estavam sendo analisados.

Esses números se somados não fecham com o total de teste realizado na cidade. Pedrotti comenta que essa situação é registrada, porque moradores de outras cidades foram atendidos em Toledo e para a construção da planilha se utiliza somente os dados locais.

Segundo o Boletim Epidemiológico Coronavírus (Covid-19), o município contabiliza 26.514 casos da doença desde o começo da pandemia e até a última segunda-feira (23). Toledo também apresenta uma incidência de 18.587,4 casos/100.000 habitantes.

O médico menciona que os números ainda mostram que 424 moradores de Toledo foram a óbito em decorrência de complicações da Covid-19 desde o início da pandemia. Com isso, a mortalidade está em 297,2 óbitos por 100.000 habitantes e a letalidade em 1,60%.

PERFIL – Os dados revelam que o número de novos casos aumentou entre as Semanas Epidemiológicas 32 (8 de agosto a 14 de agosto) e 33 (15 de agosto a 21 de agosto). A evolução foi de 8,75% no período, saindo de 320 e ampliando para 348.

De acordo com o médico Pedrotti, nas duas Semanas Epidemiológicas, os principais sintomas relatados pelas pessoas atendidas foram: tosse, cefaleia, coriza, dor de garganta, febre e mialgia.

Com relação aos bairros que apresentaram a maior incidência de casos na SE 32 foram: Vila Pioneiro, Centro, Jardim Gisela e casos não informados e, na SE 33 foram: Vila Pioneiro, Jardim Coopagro, interior e não informados.

ORIENTAÇÕES – Diante deste patamar e que chama a atenção para a necessidade de se manter os cuidados já comentados desde o começo da pandemia. O médico destaca a importância de manter o uso correto da máscara, utilizar o álcool em gel, sempre que possível lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, manter o distanciamento social e evitar aglomerações.

Para ele, a vacina também é um meio para prevenir a Covid-19 aliada com as medidas já citadas. “A vacina pode não evitar que a pessoa seja contaminada pelo vírus, mas ela pode evitar casos graves ou até o óbito”.

As medidas devem ser seguidas inclusive pelas 34.932 pessoas que receberam as duas doses ou a dose única da vacina contra a Covid-19, as quais representam 31,74% da estimativa de população com mais de 18 anos (24,49% da total). Se for levar em conta quem só tomou a primeira dose, esses índices sobem, respectivamente, para 73,94% e 62,54%.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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