Toledo intensifica ações e alerta para cuidados com a dengue
O pico do verão traz uma velha preocupação. A dengue mais uma vez coloca o município em alerta com a incidência de casos. Até a tarde da última quarta-feira (24), o Setor de Controle e Combate às Endemias contabilizou um total de 162 casos confirmados da doença. Ao todo, até agora, o município tem 863 notificações de dengue, 545 casos descartados e 156 aguardam resultados dos exames. As regiões consideradas mais críticas são o América II com 58 casos, o Europa I com 13 casos e o Europa II que contabiliza 11 casos da doença.
A coordenadora do setor Lilian König explica que os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) intensificaram as ações nessas localidades, bem como no Bressan, Panorama, Santa Clara 4, Cosmos e Coopagro com visitações, aplicação de inseticida e orientação à população. “Nós temos várias ações através do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue focadas para orientar a população e eliminar os focos de dengue”.
PREOCUPAÇÃO – O quantitativo de casos de dengue preocupa as autoridades do município devido ao período. Lilian explica que o aumento de casos acontece, historicamente, a partir de março. Contudo, neste ano a curva de casos antecipou-se.
“É uma situação muito preocupante, ainda mais no Europa e no América com muitas pessoas doentes. O Setor de Controle e Combate às Endemias já realizou Ecopontos em dezembro com a remoção de muito lixo acumulado, cerca de 198 tonelada. Logo após o Ano Novo nós retornamos na região devido alguns casos notificados de dengue e o Setor observou também que tinha muitas pessoas com dengue buscando atendimento”.
Lilian esclarece que muitos desses pacientes estão buscando os serviços de urgência e emergência devido a gravidade dos sintomas. “O município está com estoque de insumos e está capacitando os profissionais para o atendimento desses pacientes com dengue da melhor forma possível. Também estamos com uma ação dos ACEs que já estão a campo para essa ‘guerra’ contra o Aedes aegypti”, enfatiza.
DESAFIO – Atualmente, a grande dificuldade do Setor de Controle e Combate às Endemias é em relação aos imóveis fechados, um problema crônico no município. “Nós trabalhamos em dois sábados consecutivos para tentar alcançar essas casas fechadas e conseguimos achar muitos focos de dengue, foram mais de 60. Então observamos que o problema está no domicílio mesmo. Os principais locais com larvas são bebedouros de animais domésticos e recipientes abandonados em lotes que possam acumular água, como uma lona para cobrir lenha, por exemplo”.
AÇÕES – A dengue é uma doença que pode ser evitada. A melhor maneira de combater o mosquito adulto é eliminar a água parada ou armazenada de maneira incorreta que podem se tornar possíveis criadouros. Os principais locais são vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como um pote jogado no quintal.
Lilian reforça que a mobilização de toda a sociedade é fundamental no êxito das ações e consequentemente na busca em vencer essa luta contra o mosquito. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também transmite o zika vírus e a chikungunya. Todas são doenças severas, que podem levar ao óbito se não tratadas a tempo.
“Isso nos preocupa muito, por isso pedimos que a população receba o agente de endemias. Ele vai identificar onde estão as larvas, vai orientar sobre a remoção e vai conseguir bloquear o ciclo do mosquito. É um trabalho feito junto com a comunidade. A luta contra o mosquito é de todos nós”, finaliza Lilian.
Da Redação
TOLEDO