Toledo retorna para bandeira vermelha e medidas preventivas devem ser reforçadas
Após algumas semanas em alerta roxo, o município de Toledo retornou para o a bandeira vermelha devido a pandemia causada pelo novo coronavírus SARS-COV-2 (Covid-19), segundo a matriz de risco criada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Essa ferramenta de trabalho é adotada como análise pelo Comitê de Operações Emergenciais (COE). Toledo está com 28 pontos; o nível de risco é considerado alto e com distanciamento social. Nesta bandeira, a pontuação máxima é 30 pontos.
A matriz de risco do Conass e Conasems avalia seis indicadores, como a capacidade de atendimento, a quantidade disponível de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), leitos de enfermaria, previsão de esgotamento de leitos de UTI e a situação epidemiológica da cidade.
A proposta ainda analisa o registro de óbitos da penúltima e da última semana e os casos positivos e negativos de síndromes respiratórias aguda graves. A partir deste cálculo, haverá um indicador e uma medida a ser adotada.
O médico e diretor-geral da Secretaria de Saúde Fernando Pedrotti explica que na semana 12 (de 21 a 27 de março de 2021), Toledo estava com 31 pontos. Na semana 13 (de 28 de março a 3 de abril de 2021 diminuiu para 28 pontos.
Com exceções das taxas de ocupações de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria Covid-19, os indicadores da Matriz de Risco apresentaram melhoras, mas o médico e diretor-geral da Secretaria de Saúde Fernando Pedrotti solicita compreensão da sociedade.
Ele explica que a circulação do vírus depende do comportamento da população. “O cuidado deve ser permanente. O movimento de subida e descida de casos é frequente. Enquanto sociedade, é preciso compreender que o cuidado e o aprendizado precisa permanecer”.
MEDIDAS – Pedrotti salienta que a queda do número casos é reflexo de medidas preventivas, menor circulação de pessoas, maior fiscalização em determinados pontos, os quais tiveram suas atividades suspensas, pois as autoridades identificaram como sendo locais propícios para a proliferação do vírus. “Os números nos mostraram que o risco era maior em determinadas atividades. Não queremos proibir, nós queremos evitar a doença e que as pessoas não adoeçam. Maior número de caso significa maior número de pacientes que podem apresentar complicações, que terão necessidade de leito hospitalar ou de um leito de UTI e maior o número que, naturalmente, pode evoluir para óbito”.
Neste momento, Toledo apresenta queda nos casos e, conforme o médico, é preciso e possível manter essa diminuição, basta cada cidadão seguir as medidas preventivas. Pedrotti enfatiza que os casos positivos diminuíram, porém a situação de colapso na Saúde ainda permanece.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – Em Toledo, a média móvel dos últimos sete dias de casos confirmados Covid-19 teve uma queda de 55,5%, de acordo com os dados analisados até o último dia 5.
Com relação aos sintomas mais frequentes nos casos confirmados da Covid-19, na Semana Epidemiológica 12 (21 a 27 de março), os três principais foram: tosse, cefaleia e dor de garganta. A Semana Epidemiológica 13 (28 de março a 3 de abril) teve como os três principais sintomas: cefaleia, tosse e dor garganta.
Com relação a faixa etária dos casos confirmados de Covid-19, no período de 21 a 27 de março predominou entre 30 e 39 anos, seguido de 40 e 49 anos e 20 e 29 anos. Na semana seguinte, as faixas etárias predominantes se mantiveram conforme citado, porém todas elas apresentaram quedas.
Diante dos números, a principal análise do médico Pedrotti é que a população precisa manter todo o cuidado. “Nós – enquanto sociedade – devemos aprender a conviver com o vírus; encontrar um ponto de equilíbrio”, finaliza.
Da Redação
TOLEDO
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