Três palestinos são mortos em tiroteio com forças israelenses na Cisjordânia
“As forças israelenses organizaram uma operação para deter dois terroristas que executaram ataques armados. Um palestino que abriu fogo morreu”, afirmou à agência AFP uma fonte das forças de segurança israelenses. Depois do incidente inicial, os palestinos “atiraram contra as forças israelenses e durante o tiroteio outros dois palestinos morreram”, acrescentou a fonte.
Os dois oficiais palestinos podem ter sido mortos num possível caso de mal-entendido já que membros de segurança da Autoridade Palestina (AP) raramente entram em conflito com os seus homólogos israelitas e normalmente mantêm-se afastados das disputas israelitas na Cisjordânia.
A agência oficial palestina Wafa confirmou o balanço de três palestinos mortos no tiroteio. O primeiro palestino morto pelos israelenses foi Jamil al Amuri, informou o ministério palestino da Saúde. Os outros dois, Adham Eleiwi e Taysir Issa, eram membros do serviço de inteligência militar da Autoridade Palestina, informaram fontes das forças de segurança palestinas. Nenhum soldado israelense foi ferido no tiroteio.
O funeral dos três palestinos acontecerá nesta quinta-feira e as autoridades palestinas convocaram uma greve e uma passeata para denunciar as mortes em Jenin, cidade que é cenário frequente de confrontos.
As forças israelenses organizam operações de detenção com frequência na Cisjordânia ocupada. As autoridades do país ainda não comentaram o caso.
A Autoridade Palestina coordena a segurança com Israel na Cisjordânia, apesar das longas conversações sobre a resolução do conflito entre Israel e Palestina. Durante os combates do mês passado sobre o enclave gerido pelos palestinos em Gaza, a agitação também se instalou na Cisjordânia.
Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do Presidente palestino Mahmoud Abbas, disse que o incidente foi uma “perigosa escalada” e que a AP estava a responsabilizar Israel pelas consequências. (Com agências internacionais).
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