Ucrânia pede calma e diz que invasão russa não é iminente
A Rússia nega que esteja planejando uma ofensiva, mas já mobilizou cerca de 100 mil soldados em áreas próximas da Ucrânia nas últimas semanas, levando os EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a acelerarem preparativos para uma possível guerra.
Várias rodadas de diplomacia de alto nível falharam em gerar resultados, e as tensões se agravaram nesta semana. Na segunda, a Otan disse que está reforçando sua presença militar na região do mar Báltico e os EUA colocaram 8.500 soldados em prontidão para possível deslocamento para a Europa, como parte de uma “força de resposta” aliada, se necessário.
Os EUA determinaram que familiares de funcionários americanos da embaixada do país em Kiev deixem a Ucrânia. O Reino Unido, por sua vez, está retirando alguns diplomatas e dependentes de sua representação na capital ucraniana.
Na Ucrânia, por outro lado, autoridades estão tentando projetar calma. Na segunda à noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que a situação está “sob controle” e que não há “motivo para pânico”.
Já o ministro de Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse, também na noite de segunda-feira, 24, que a Rússia ainda não havia formado grupos de batalha, o que indicaria o lançamento de um ataque no dia seguinte.
“Existem cenários arriscados. Eles são possíveis e prováveis no futuro”, afirmou Reznikov à emissora de TV ucraniana ICTV na segunda-feira. “Mas hoje…essa ameaça não existe.”
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