Unioeste fará a digitalização do acervo do Museu Willy Barth
Aproximadamente 5 mil fotografias e outros 15 mil documentos que fazem parte da história de Toledo e hoje estão armazenados no Museu Histórico Willy Barth serão catalogados e digitalizados por uma equipe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Marechal Cândido Rondon. O convênio estabelecendo a parceria foi assinado na tarde da quinta-feira passada(16) pelo prefeito de Toledo, Beto Lunitti, a secretária da Cultura, Rosselane Giordani e o diretor geral do campus, Davi Schreiner.
O documento formaliza uma cooperação técnica, científica e cultural entre o município, por meio da Secretaria de Cultura e a Unioeste, por meio do Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná (Cepedal). As tratativas foram iniciadas ainda no mês de março, quando a secretária de Cultura, Rosselane Giordani visitou o Cepedal e dialogou com o professor Rodrigo Pazziani, diretor do Centro.
A assinatura da parceria aconteceu na sala de reuniões da Prefeitura e contou com a presença do diretor do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras da Unioeste/Rondon, Edilson Hobold; do diretor do Cepedal, Rodrigo Ribeiro Paziani e da equipe técnica do Museu Histórico Willy Barth.
A preservação do acervo de documentos históricos envolve a conversão do suporte físico impresso para o meio digital, por meio de ações de higienização e catalogação do acervo. Caberá às duas instituições dar publicidade às atividades das ações do Convênio para que possa beneficiar o maior número possível de alunos, pesquisadores, pessoas interessadas na consulta do acervo do Museu Willy Barth e ao público em geral, sempre exclusivamente para fins educacionais, culturais, científicos, ficando vedado o uso para finalidade econômica.
O prefeito Beto Lunitti ressaltou a importância da ação encabeçada pela Secretaria da Cultura e destacou que o Governo Municipal tem estabelecido diálogo constante com a universidade por entender o papel da ciência e do saber na preservação da memória e do patrimônio histórico. “Fico muito feliz em ver a academia cuidando do acervo histórico do município. A possibilidade de se resgatar a memória na palma da mão [manuseando um celular] demonstra esse crescimento e nos prepara para os 70 anos de Toledo com essa imensa contribuição para a história de nossa Região. É um processo de gratidão e respeito com todas as gerações”, salientou o prefeito Beto Lunitti.
A secretária da Cultura, Rosselane Giordani, destacou que este convênio vem para fortalecer ainda mais a política de memória e patrimônio que vem sendo desenvolvidas ao longo desse primeiro ano de gestão conectadas com o novo tempo que interconecta história e tecnologia e as necessidades de se ampliar a divulgação de acervos históricos para as comunidades em uma era digital.
Rosselane frisou as diversas ações como o projeto História em Prosa e as exposições on-line Fragmentos e Vestígios da História que foram desenhadas como pontapé inicial de ações que visam ampliar a divulgação do acervo. “Nossas ações foram planejadas para que cada vez mais possamos ampliar o acesso, e esse convênio com a Unioeste de Marechal para a digitalização do acervo vem ao encontro de uma proposta maior que estamos estruturando”, explicou Rosselane.
A secretária destacou ainda as políticas públicas da área de memória e patrimônio que a Secretaria está implantando tem como meta dialogar com a universidade, a pesquisa, a extensão e desse modo democratizar o acesso aos pesquisadores sobre o acervo, bem como tornar cada vez mais o Museu Histórico Willy Barth referência na Região Oeste. “A digitalização do acervo é um suporte fundamental para o desenvolvimento de pesquisas como também uma ferramenta para a divulgação do acervo e sua preservação para as futuras gerações”.
O diretor geral da Unioeste, Davi Schreiner, destacou a importância do trabalho realizado pelo CEPEDAL que inclusive tem a guarda do acervo da Fundação Araucária. Davi ressaltou a importância do diálogo entra universidade e prefeitura na preservação da memória e da história. “Sem memória, a população não tem história e a história é importante para ver como se deu as construções das experiências humanas, mas pensar pra frente”, acrescentou o diretor geral do Campus da Unioeste/Rondon, Davi Schreiner. Já o diretor do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras da Unioeste/Rondon, Edilson Hobold salientou que projetos como esse democratizam os acervos. “Isso é potencializado com os projetos de modernização tecnológica que possibilitam visibilizar e permitem o acesso da população”, comentou o diretor Edilson Hobold.
O professor Rodrigo Paziani explicou que o convênio será executado no próximo ano. “A partir da assinatura vamos agora estabelecer um cronograma de trabalhos junto com a equipe do Museu, pois o acervo será transportado em partes para o Cepedal para que possamos realizar todo o trabalho de higienização, catalogação e digitalização do acervo. Este trabalho tem previsão de ser realizado ao longo do próximo ano”, explicou.
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