Voluntários atendem animais impactados pelas queimadas e pela seca no Pantanal

O amor pela profissão e a preocupação com a vida e o bem estar dos animais motivaram o médico veterinário toledano Arthur Gava em mais uma missão de resgate aos animais atingidos pela seca e pelas queimadas na região do Pantanal, em Mato Grosso.

O destino dessa nova missão foi na região da Rodovia Transpantaneira, em Poconé, município que fica cerca de 100 quilômetros de Cuiabá. Os trabalhos também reuniram profissionais voluntários de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Gava foi representando o Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD Brasil) com o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR).

A equipe realizou o teste de Covid-19 para atuar nesta missão. Gava ficou na região entre os dias 13 e 27 de setembro e conta que os trabalhos foram concentrados em uma varredura em busca de animais queimados, animais mortos, atendimentos a fauna silvestre e doméstica afetada direta e indiretamente pelas queimadas na região. “Foi um número expressivo de atendimentos. Jacarés foram mais de 70 atendimentos somando a maior casuística”, cita.

DESAFIO – As missões de resgate que o médico veterinário Arthur Gava já participou em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, deram suporte e conhecimento prático para os novos trabalhos. No entanto, ele comenta que, apesar do trabalho ser semelhante, cada projeto é um desafio diferente. Em Poconé, as distâncias entre os locais de atendimento, o calor e o clima seco tornaram o trabalho mais árduo.

Durante a expedição, os voluntários encontraram animais que sofreram impacto direto, como ferimento ou morte, ou indireto, pela perda do habitat diante dos problemas ambientais enfrentados no Pantanal. Em sua página nas redes sociais Gava relatou o drama dos bichos. Em uma foto de um atendimento a um cavalo ele cita que “a seca no pantanal castiga todas as espécies”.

A luta pela vida é que o mais impactou o jovem veterinário nessa missão no Pantanal. “Os animais estão se esforçando o máximo para sobreviver a essas secas terríveis que estão devastando o pantanal mato-grossense nos últimos anos”.

A missão em Poconé contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dos recursos arrecadados pelo GRAD Brasil através do Fórum Nacional de Proteção Animal. Arthur Gava também conseguiu doações e as passagens áreas da comunidade de Toledo e de amigos mais próximos.

Da Redação

TOLEDO

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