Vulcão de Tonga provoca vazamento de óleo e tragédia ambiental no Peru
“Estamos em um momento muito crítico em termos ambientais. Estamos em um dos lugares atingidos pelo derramamento de petróleo ocorrido há alguns dias, e que provocou o desastre ecológico mais preocupante na costa peruana nos últimos tempos”, afirmou Castillo durante visita ao distrito de Ventanilla, ao norte de Lima, a região mais atingida pelo acidente.
O derramamento ocorreu quando ondas provocadas pela erupção do vulcão em Tonga atingiram um petroleiro que descarregava sua carga em uma refinaria em Ventanilla, jogando o equivalente a seis mil barris de petróleo no mar.
Segundo as autoridades, a área atingida compreende 1,7 milhão de m2 em terra e 1,2 milhão de m2 no mar – ao todo, 2,5 km de barreiras de contenção foram instaladas para conter o avanço da mancha, e 50 pessoas trabalham para retirar o petróleo.
O governo peruano classificou o derramamento como “o pior desastre ambiental” nos arredores da capital nos últimos anos, e afirmou que a empresa responsável pelo terminal, a espanhola Repsol, deverá indenizar o Estado.
“Não podemos fugir das responsabilidades, e no caso da empresa responsável pelo desastre ambiental, esperamos que se responsabilize”, declarou Castillo.
Uma porta-voz disse que a empresa não recebeu alertas da Marinha peruana sobre o risco de tsunami. “Não podemos dizer quem é o responsável”, disse Tine van den Wall Bake Rodríguez, chamando o derramamento de “lamentável incidente”.
Indo além do acidente de sábado, Castillo quis marcar uma posição com o decreto em que passa a considerar de interesse nacional a emergência climática no Peru. Segundo o presidente, a medida permitirá ao governo tomar ações práticas para fazer frente às mudanças do clima. “Estamos aqui não só para defender o mar, mas também para defender os rios, as grandes cidades e a população que quer que o Estado se lembre dela”, afirmou.
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