Yellen: mudança climática é ameaça crescente ao sistema financeiro e requer ação
O FSOC preparou um relatório com recomendações que conectam as mudanças climáticas ao sistema financeiro. Para Yellen, esse foi um “importante primeiro passo” em direção a um sistema financeiro mais resiliente à tal ameaça.
“Não é preciso uma imaginação vívida para ver como a mudança climática poderia ameaçar o sistema financeiro”, disse Yellen. Ela pontuou que eventos mais frequentes e mais severos do clima, como incêndios, tempestades tropicais e inundações, poderiam provocar baixas nos valores de ativos e atividade econômica, que, por sua vez, poderiam desencadear problemas ao sistema financeiro.
De acordo com documento do Tesouro, cada uma das agências que integra o FSOC adotou certas medidas em direção aos objetivos do conselho. A Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM americana) começou a avaliar suas regras de divulgação e solicitou comentários públicos sobre as formas de melhorar a divulgação climática. A direção do Federal Reserve Board (FRB, na sigla em inglês) estabeleceu dois comitês para desenvolver uma melhor compreensão dos riscos relacionados ao clima e incorporá-los em sua supervisão de empresas financeiras e em sua estrutura de estabilidade financeira. A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) está envolvida em questões de risco financeiro relacionadas ao clima por meio de seu Comitê Consultivo de Risco de Mercado (MRAC, na sigla em inglês).
No Tesouro, a Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês) e o Escritório Federal de Seguros do solicitaram ao público informações sobre os riscos financeiros relacionados ao clima. Já o Gabinete do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês) formou o Comitê de Implementação de Risco Climático para identificar os riscos financeiros relacionados ao clima e às instituições supervisionadas pelo OCC, e fornecer recomendações à liderança do órgão.
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