20ª Regional de Saúde intensifica vacinação contra meningite

O final de semana foi de alerta para a população de Toledo. Um surto de meningite meningocócica tipo C na cidade vizinha de Quatro Pontes, com três casos confirmados, e mais um episódio da doença em Toledo mobilizou as autoridades em Saúde para intensificar a vacinação. A ação é a principal medida de proteção contra a doença prevenindo a ocorrência de novos casos.

O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Dr. Fernando Pedrotti, comenta que após a confirmação do surto da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) encaminhou na sexta-feira (7) um lote com 6.100 doses de vacinas contra a meningite para aplicar de maneira emergencial na população dessas duas cidades. “Foi organizada a vacinação, tanto em Quatro Pontes quanto em Toledo no sábado (8) e domingo (9), e durante essa semana estamos com busca ativa alertando a população que está na faixa etária para não deixar de buscar a vacina”.

Segundo a recomendação da Sesa, para contenção do surto a vacinação engloba público-alvo seletivo. Em Quatro Pontes ela é destinada para crianças até dez anos e trabalhadores da saúde com a meningocócica C (conjugada), população de 11 a 25 anos com a meningocócica ACWY, população de 50 a 69 anos com a meningocócica C (conjugada) e a população específica contemplada pelo Centro de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Em Toledo, a ação emergencial envolve pessoas com idades entre três meses e 14 anos. “É uma ação de extrema importante e fundamental para a proteção das pessoas. Ao longo do final de semana monitoramos a vacinação e a 20ª Regional de Saúde realizou apoio técnico para Quatro Pontes para desenvolver as ações com profissionais e agora estamos com busca ativa dos pacientes. Toledo tem desenvolvido suas ações também e o que precisamos agora é que as pessoas busquem se proteger”.

CUIDADOS – O diretor e médico complementa que a vacina leva em torno de dez dias para conferir uma adequada proteção. Além da vacinação, outras estratégias complementam o controle da doença como a higiene dos ambientes mantendo-os limpos e ventilados, a higiene constante das mãos com água e sabão e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal. “Nós buscamos diminuir a transmissão da doença através dos cuidados e da vacina”.

DOENÇA – Há três tipos de meningite: a meningite viral, a meningite bacteriana e a meningite fúngica. A meningite bacteriana é o tipo de meningite mais grave e com maior potencial de complicações. A principal bactéria causadora é o meningococo que tem do tipo A, B, C, W e Y. Pedrotti cita que a vacina vai proteger a doença do tipo A, B, C, W e Y. “O tipo C é o que mais circula no nosso meio e é uma das meningites mais graves que temos. Ela pode levar a complicações até a necrose de tecidos, principalmente nas extremidades; também pode levar a formação de abscessos no cérebro e quando isso chega a ocorrer as pessoas podem ficar com sequelas ou podem ir a óbito”, enfatiza.

PROTEÇÃO – O diretor da 20ª RS reforça que a vacina é a melhor forma de proteção. O imunizante está previsto na rotina de vacinação para as crianças, sendo aplicada a primeira dose aos três meses, a segunda dose aos cinco meses, a dose reforço com um ano de idade e posteriormente entre os 11 e 14 anos de idade.

A enfermeira Rosana Cerbarro, do setor de epidemiologia da Secretaria da Saúde, conta que foi grande a procura pela vacina em Toledo no final de semana. Durante a semana todas as unidades de saúde continuam com a ação, inclusive fazendo a busca ativa.

Segundo relatório de doses, até a tarde de segunda-feira (10) foram aplicadas 49 doses da Meningocócica C e 115 doses da Meningocócica ACWY que é aplicada em adolescentes de 11, 12, 13 e 14 anos. “Vale lembrar que estamos vacinando seletivamente, ou seja, apenas quem não é vacinado dentro da sua faixa etária está recebendo a vacina. Mesmo assim, a procura está sendo grande”.

“É importante que façamos a prevenção de uma doença muito séria e que pode deixar sequelas e/ou levar a óbito. Vamos lembrar que doença que tem vacina é doença que mata. Quando mais grave e preocupante, maior a busca por vacinas. Vacina são seguras e eficaz e é graças a isso que aumentamos a expectativa de vida no Brasil”, conclui Pedrotti.

Com informações da Assessoria*

*Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.