24 Horas Torao Takada é considerada a maior prova da América Latina

Determinação, união, alegria e superação marcaram a décima edição da prova 24 Horas Torao Takada. Mais de três mil pessoas passaram pelo Parque Ecológico Diva Paim Barth no último final de semana. Ao todo foram 70 corredores solo, entre 24 Horas e 100 Km; 1700 atletas no revezamento (24 Horas) e aproximadamente 400 crianças na prova Kids, além dos staff, acadêmicos da Universidade Paranaense (Unipar), campus Toledo e demais participantes.

A atleta da Seleção Brasileira de Ultramaratona, Viviane Motta, a Vivi, possui a marca de 204 quilômetros e, em Toledo, o seu objetivo era fazer mais de 200 quilômetros. “Conquistei 182,99 quilômetros nas 24 Horas solo e esse resultado me colocou no lugar mais alto do pódio: o primeiro lugar”.

A atleta idealizou uma estratégia e ela estava dando certo. Com 13 horas de prova, a ultramaratonista já tinha percorrido 122 quilômetros. “Após esse tempo, planejei reduzir o ritmo e concluir mais 98 quilômetros. Os planos são feitos por mim, porém quem decide é Deus”.

Para Vivi, o principal desafio foi a temperatura baixa no período noturno, pois como ela reside no Espírito Santo as temperaturas são mais altas. “Além disso, tive muitas bolhas por baixo dos dedos dos pés. As bolhas queimavam muito e estava caminhando somente com o calcanhar. A pista tinha um acumulado em altimetria e a descida machucava meus pés”, afirma a ultramaratonista.

Vivi relata que apesar das dores, abandonar ou desistir da prova nunca foi uma opção. “Mas o meu condutor é sempre Deus”, menciona a ultramaratonista ao complementar que com o resultado conquistado em Toledo, ela garante o índice para a prova de Spartathlon, na Grécia no próximo ano. “Essa prova é bem dura. A única mulher que conseguiu finalizá-la se chama Cláudia. Uma prova em que a condição climática faz a diferença. Você enfrenta um calor de 40 a 50 graus durante o dia e de noite a temperatura cai para zero grau”.

A ultramaratonista é responsável por quebrar recordes. Em novembro do ano passado, a marca do Intercontinental foi quebrada após 20 anos por Vivi. “Eu fiz mais de 200 quilômetros”. Na prova 24 Horas Torao Takada, a corredora tinha o objetivo de fazer uma grande prova. “Tanto que no final da prova, a minha musculatura estava bem. Porém as bolhas nos pés foram desafiadoras. De maneira geral, Toledo foi um divisor de águas para a minha preparação para a prova para a Grécia. Mas quero voltar para o município e buscar o que não alcancei neste ano”.

AVALIAÇÃO – Promovida pela Associação Correr Toledo, a prova é viabilizada por pelo Governo Federal por meio do Ministério do Esporte via Lei de Incentivo ao Esporte e tem o apoio da Itaipu Binacional. A presidente da Associação, Helena Mayer, avalia a corrida de maneira positiva. “Estamos contentes por reunirmos atletas profissionais e iniciantes de diversos estados. O objetivo principal é incentivar a prática de uma atividade física e, por consequência, buscar a qualidade de vida”.

A prova 24 Horas Torao Takada tem o permit de Bronze pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBTA) e pela Internacional Association of Ultrarunners (IAU), além de integrar o calendário oficial. De acordo com o delegado técnico da Associação, Oscar Francisco Prisco Silva, mais conhecido como Susso, acompanhou a prova. Segundo ele, a pista emborrachada no município é excelente e desconhece uma pista com essa qualidade e extensão no Brasil e até no exterior. “Toledo possui uma pista de alto rendimento e profissional dedicada para a população. Toledo está de parabéns!”.

A diretora de Esportes na Natureza e Paradesporto da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Toledo (Smel), técnica Sandra Schossler, complementa que a 24 Horas Torao Takada é a maior prova da América Latina. “Conversei com diversos atletas que participaram pela primeira vez da prova e todos estavam encantados com a estrutura, a recepção e a organização do município. Foi uma prova espetacular e os corredores tiveram um desempenho fantástico”. Para a próxima edição, Sandra acredita que deve crescer o número de ultramaratonistas. “Nós temos uma mega estrutura e só tende a crescer”.

Da Redação

TOLEDO

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