Polícia Civil de Toledo prende empresário por golpe milionário

A Polícia Civil de Toledo, através da 20ª Subdivisão, vem desde outubro do ano passado investigando um grupo acusado de desvios de grãos, golpes e lavagem de dinheiro. O principal alvo identificado do grupo criminoso foi preso por uma equipe da Polícia Civil no último sábado (27), em sua residência, quando se preparava com amigos para fazer um churrasco. O empresário já foi ouvido pela Polícia e disse que tudo não passa de um mal-entendido. Calcula-se que o prejuízo pode ultrapassar R$ 20 milhões.

Segundo as investigações, este grupo, basicamente, foi contratado por uma grande empresa de Palotina para processar insumos e fabricar ração a fim de distribuir para os produtores de suínos da região que criava os animais para essa empresa de Palotina. “Ocorre que grande parte era desviado para animais particulares do grupo criminoso que engordava seus bois em fazendas fora da região de Toledo”, comentou em entrevista coletiva nesta sexta-feira o delegado Rodrigo Baptista Santos. Ele acrescentou que “os desvios eram tão vultosos que chegaram a pagar dívidas com os produtos. Ainda, criaram empresas fantasmas para lavar o dinheiro e ocultar bens”.

O delegado informou também que durante esta semana foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de diversos documentos, celulares e computadores que serão analisados a fim de identificar todos autores. “O empresário vai responder por furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa”, informou o doutor Rodrigo Baptista Santos.

Na manhã desta quinta-feira o preso foi interrogado e negou desvios e golpes, contudo confessando uma dívida de aproximadamente R$ 100 milhões com cerca de 20 produtores da região, “uma dívida que a Polícia acredita que dificilmente será paga”, finalizou o delegado.

MAL-ENTENDIDO – O advogado de defesa, Matheus Guilherme Bottoli, informou que já foi feito o pedido de liberdade do empresário e que tudo não passaria de um “mal-entendido na questão de administração entre as empresas”. O advogado disse que seu cliente está colaborando com as investigações e que ainda não teve acesso a todas as provas recolhidas pela Polícia Civil, mas garantiu que seu cliente é uma pessoa idônea e criada no ramo há décadas.

O JORNAL DO OESTE teve acesso ao pedido de revogação da prisão, concedido pela Justiça, que impôs algumas medidas cautelares, como comparecer em Juízo, sempre que for liberdade provisória intimado, sem que haja obrigatoriedade de comparecer mensalmente. O empresário também está proibido de se ausentar da Comarca de Toledo por mais de uma semana, já que sua permanência seja conveniente e necessária para a investigação ou instrução; informar seu atual endereço, bem como requerer previamente qualquer alteração posterior.

Ele ainda está proibido de frequentar as empresas investigadas pela Polícia Civil; também de manter contato, frequentar as residências ou se aproximar dos demais sócios, testemunhas, investigados, vítimas e pessoas envolvidas nas negociações e tratos comerciais das empresas investigadas. Além disso, o empresário será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.