Coamo realiza Reunião de Campo do 1º semestre na região Oeste

A Reunião de Campo para apresentar os resultados do 1º semestre de 2024 da Coamo – Agroindustrial Cooperativa reuniu cooperados da região Oeste, na manhã de terça-feira (23). O encontro ocorreu no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR e trouxe informações sobre projeções da safra, perspectivas de preços dos produtos agrícolas, análise do ano agrícola, entre outros temas relevantes ao público presente.

Membros da diretoria, gerentes de entrepostos e colaboradores das unidades de Toledo, Bragantina, Brasilândia do Sul, Dez de Maio, Dois Irmãos, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Paulistânia, São Pedro do Iguaçu, Tupãssi e Vila Nova marcaram presença na reunião.

O presidente do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, iniciou a reunião e destacou a importância desse tipo de encontro. “Para nós é uma satisfação muito grande poder conversar com o cooperado. É uma reunião que dá uma informação boa, cooperada. Falamos do cooperativismo que funciona. Trazemos uma tendência de mercado dos preços agrícolas, sobre assistência técnica, insumos e custo de produção. Pois é importante o custo de produção, ainda mais neste momento em que nós estamos saindo de um custo de produção muito alto”, pontuou.

“Apesar de estarmos em um ano um pouco diferenciado, um ano que viemos de vários anos com boas safras e bons preços. Agora, estamos já na segunda safra, com quebra de safra e preços muito baixos”, avaliou Gallassini ao destacar que esses preços são internacionais e refletem a grande produção, de crise de certos países. Ele pontou se tratar de um ano difícil com preços elevados dos insumos e também dos produtos. Contudo, a projeção 2024/2025 são de preços normais dos insumos e isso traz resultado, mesmo também tendo caído os preços da produção.

MILHO SAFRINHA

Na avaliação do presidente, foi satisfatória a produção de milho safrinha. Ele citou que a região Oeste foi uma das melhores. “O milho teve um pouco de prejuízo, mas foi na região lá para o lado de Maringá, por exemplo, foi bem mais prejudicada e o Mato Grosso do Sul. Estamos colhendo ainda, mas já com bastante prejuízo, muito pedido de prorrogações e o cooperado se descapitalizou em função da queda de prestações e do trigo. O governo inclusive permitiu fazer prorrogações das prestações de investimentos jogando para o uso, mas de custeio ele ainda não fez, contudo, nós estamos fazendo via crédito comum”.

Essa situação se agrava diante dos preços ruins e da quebra da safra. Segundo Gallassini, tal quadro faz com que o cooperado não tenha liquidez suficiente, tendo que passar de um período bem capitalizado para um com dificuldades. “Essa é a forma da cooperativa acompanhar o quadro social, na hora da boa e na hora ruim. Estamos juntos!”, afirmou. “Temos feito bastante negociações. A cooperativa sai bem para encontrar, talvez, a safra de 24/25 com uma boa safra e, se Deus quiser, por uns preços”.

PLANO SAFRA

O presidente salientou que quando o assunto é safra sempre existe o receio de precisa mais em relação a recursos. “Foi R$ 500 milhões, saiu R$ 400 e poucos milhões, mas é o suficiente. Nós já estamos financiando na Credicoamo, já está liberando recursos, de acordo com o plano do governo. A gente esperava uma queda de juros maior, se falava em 9%, mas manteve lá. O mini pequeno de 3 a 6%, o médio 8% e os demais, o grande produtor 12%. Se tem algum programa de investimento chega a 8,5%, a 11,5%. Esperávamos uma queda maior nos juros e um volume maior de recursos. Mas eu acho que vai ser suficiente”, declarou.

SAFRA DE VERÃO

Sobre a safra de verão, o presidente evidenciou a Coamo tem planos e está preparada para atingir os objetivos. “Atingimos a meta, atingimos 98%. Foi 20, 30 dias de plano. Tivemos um faturamento de praticamente R$ 5 bilhões de pedidos. Todos quiseram fazer os pedidos, e fizeram. Estamos esperando aí para fornecer ao cooperado. Os produtos já estão pedidos, todos foram comprados”.

Gallassini salientou que é preciso capitalizar a Cooperativa para poder comprar produtos para garantir o preço do cooperado.

PROJEÇÃO

Na Coamo, o ano de 25 já está sendo pensado em termos de investimento. “Devemos trabalhar com grãos, com produtos industrializados, adubo e gás. Isso vai fazer com que a gente tenha uma facilidade maior em trabalhar na exportação”, citou ao pontuar que a Cooperativa mantém um trabalho contínuo em prol do desenvolvimento agrícola.

Da Redação

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