A inteligência artificial e os seus impactos nos negócios é tema de reunião

A humanidade convive com a inteligência artificial desde a década de 1950, mas agora, 70 anos depois, é que os efeitos dessa tecnologia se mostram mais presentes e intensos no cotidiano das empresas e na vida das pessoas. Esse foi o assunto principal da reunião empresarial da Caciopar, na Câmara de Vereadores de Mercedes, que reuniu empresários de vários municípios da região. Dois especialistas foram convidados para apresentar uma leitura detalhada dessa mudança que alcança a todos e que se traduz em uma das maiores revoluções da história da civilização.

O cientista de dados e CEO da Kore Date, Cristopher Gollmann, lembrou que os primeiros esforços para criar a inteligência artificial são da década de 1950. Mesmo que sobrassem vontade e determinação, não existiam na época as ferramentas certas para gerar o grau de sofisticação esperado. Durante cinco décadas, de 1950 ao início dos anos 2000, aconteceu o período de aceleração dessas tecnologias, com a criação do BigData, Deep Learning, entre outras. Com o vencimento de cada etapa foram geradas as condições certas para que a inteligência artificial sonhada pudesse ser desenvolvida e se tornasse realidade.

Com as tecnologias hoje disponíveis, ocorre a expansão da IA, que sai dos laboratórios e passa a fazer parte do dia a dia das pessoas e das mais diferentes empresas e instituições. Os assistentes virtuais começaram em 2010, pelo celular, e atualmente são considerados facilitadores para as mais diferentes tarefas, no entanto eles não têm e vai demorar para que venham a substituir pessoas, segundo Cristopher. “A inteligência artificial não é criativa e não toma decisões sozinha. Ela apresenta diversos cenários possíveis a uma determinada situação ou pergunta, quando indagada, mas ainda cabe às pessoas decidir sobre o caminho que desejam percorrer para atender plenamente às suas demandas ou expectativas”.

O momento agora é o da transição da indústria 4.0 para a era da inteligência artificial, que, de acordo com Cristopher, não é uma moda, mas sim uma revolução que veio para ficar. Com exceção de algumas tarefas braçais, nenhuma outra atividade está imune à chegada a IA. Embora no médio e longo prazos não exista previsão dela substituir a criatividade humana, é importante que as habilidades dos profissionais sejam associadas às possibilidades que essa nova tecnologia traz e oferece. “A inteligência artificial chega para melhorar o desempenho dos profissionais que já existem, ampliando resultados e respostas à busca das mais diferentes soluções”. O cientista de dados faz um alerta: as novas ferramentas não chegam para acomodar ou tornar certos profissionais preguiçosos, pelo contrário a junção de qualidades precisa estar alicerçada em performances melhores. Para inúmeras atividades, a IA trará mais precisão, agilidade e combate a desperdícios.

DESENVOLVIMENTO – O presidente do Iguassu Valley e empreendedor Jadson Siqueira falou sobre  A IA está comendo vários negócios, como não ficar para trás? Ele destacou que em duas ondas tecnológicas revolucionárias recentes, dos supercondutores e da internet, o Brasil, devido às suas particularidades, não tinha como ser um dos protagonistas mundiais. Mas agora, com a inteligência artificial, essa condição é perfeitamente possível e não pode ser desperdiçada. A inovação, segundo ele, é o caminho para qualquer um que busca o desenvolvimento econômico. Jadson apresentou cases das suas empresas que, atentas às inovações, aproveitaram as oportunidades e hoje são referências para os mercados nos quais atuam.

Jadson criou no início da década de 2010 um negócio que o faria despontar para o Brasil. Na época, a internet melhorou a tal ponto que era possível fazer transmissões com boa qualidade pela rede, alcançando assim, pelo computador e dispositivos móveis, pessoas nos mais diferentes cantos do País. “Na época, surfamos na onda do ensino à distância, e deu certo. Agora, as condições são propícias a quem quer ganhar dinheiro aproveitando a novidade que é a inteligência artificial e as suas infinitas aplicações”, destacou ele. Mas o sucesso do empreendimento, embora muito mais rápido que no passado, exige o suporte certo e o tempo necessário para validar a inovação.

A inteligência artificial já é melhor que o ser humano em várias coisas. Jadson citou um exemplo: 35% dos diagnósticos médicos nos Estados Unidos, a superpotência do planeta, estão errados. Com o uso da IA, esse percentual cai drasticamente. “Ela não vai substituir o profissional, mas os dois juntos colocam essa determinada empresa na frente de suas concorrentes”, acentuou ele. A IA já tem QI 130, difícil de encontrar nos seres humanos, então é possível contar com os conselhos de alguém com esse nível de inteligência, que apresenta todas as variáveis possíveis de uma situação, para então tomar as decisões e as escolhas mais acertadas. A infraestrutura dessa nova tecnologia já está pronta, conforme Jadson, então o desafio agora é conectar essas ferramentas. “A hora exige os profissionais certos e com as habilidades técnicas necessárias, porque se não tivermos isso em pouco tempo as nossas empresas serão atropeladas pela revolução que está só começando”.

MERCEDES*

*Fonte: caciopar.org.br

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