Aaviopar é destaque no cenário regional pelo compromisso com associados

Estima-se que a região Oeste seja a responsável por 70% da produção de aves no Paraná. Em Toledo e nos demais municípios, produtores rurais estão mobilizados no desenvolvimento desta atividade. A Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar) – entidade responsável por representar a categoria – busca solução aos desafios diários e ações positivas aos produtores. Um exemplo de conquista é a nova sede da Associação. O local será inaugurado neste sábado (20) durante a Assembleia Ordinária da entidade. A pauta da reunião conta com a posse da nova diretoria e dos membros do Conselho Fiscal.

O atual presidente Edenilson Copini encabeça a diretoria para mais um mandato. Conforme edital, a última convocação, contando com a presença de qualquer número de associados, será às 9h, para acompanhar a prestação de contas, eleição e posse, e assuntos gerais de interesse dos avicultores. O Sindicato Rural de Toledo cede seu auditório para esta assembleia da Aaviopar.

A Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná foi fundada em 2007 e é destaque no cenário regional pela seriedade e compromisso junto aos seus associados. De acordo com dados da entidade, em 2021 foram atendidos mais de 100 produtores e 320 galpões aonde a associação trabalhou com máquinas repassadas com recursos públicos.

Nos últimos anos, conforme o presidente Copini, o maior desafio da diretoria foi a construção de um local próprio. “Com a diretoria, trabalhamos as possibilidades para essa conquista. Um dos meios encontrados foi o diálogo com o Poder Público; uma área foi solicitada para a construção da sede, pois até então pagávamos aluguel em outro local”.

Copini recorda que o pedido foi realizado na gestão de Lucio de Marchi. A nova sede está em terreno cedido pelo Poder Executivo de Toledo, após aprovação pela Câmara de Vereadores. Com recursos próprios, os associados ergueram uma edificação para atender as necessidades dos associados. “O então presidente Nelson Paludo (in memoriam) nos deu apoio para trazer a Associação junto ao Sindicato para unir força com a categoria”.

A sede da Aaviopar é formada por um galpão com garagem para as máquinas e os insumos fornecidos aos produtores. A diretoria pretende construir um escritório para a realização de reuniões com os produtores, os representantes das agroindústrias e o Poder Público. “Essa conquista é importante, pois agora, teremos a nossa ‘casa’. O produtor pode vir para Toledo e encontrará a ‘casa’ do avicultor: uma bela sede ao lado do Sindicato”, destaca o presidente.

A Aaviopar abrange produtores da região Oeste do Paraná com associados desde Medianeira e reunindo os municípios mais próximos de Toledo. Atualmente, são 142 sócios, porém a entidade também atende avicultores que não são sócios e usufruem dos serviços da Aaviopar.

BENEFÍCIOS – A Associação atua com o objetivo de gerar mais renda ao produtor. Copini comenta que a Aaviopar possui máquinas que retiram os adubos dos galpões. Além disso, a equipe realiza o tratamento das questões sanitárias existentes. “Nós temos bobiquete e caminhões que prestam serviços aos avicultores com um preço compatível com o necessidade do produtor”.

Atualmente, a Associação possui cinco bobiquetes e o Governo Municipal repassará mais um equipamento para a entidade neste sábado. “Uma máquina que será de muita utilidade aos associados. Desta maneira, o novo equipamento auxilia no atendimento da demanda de cada associado”.

O presidente salienta que além das máquinas, a Associação fornece a maravalha, produto responsável pela cama do frango. “Temos produtos que aquecem as aves; a entidade adquire e repassa ao produtor com um preço acessível”.

ORGANIZAÇÃO – A avicultura é uma atividade organizada e é considerada a que mais se desenvolve no Brasil. Nas últimas duas décadas, a atividade tem crescido cerca de 4% a 5% ao ano. No entanto, a proteína animal sofreu com a condição climática (seca) assim como a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O presidente da Aaviopar destaca que apesar da atividade possuir bom desenvolvimento, a remuneração do produtor não é considerada a mais adequada. Copini menciona que o custo de produção – muitas vezes – é maior que o valor repassado pela agroindústria, por exemplo.

“A Lei da Integração nos dá respaldo para negociar com a agroindústria. Assim garantimos a produção do período ou a construção da nova granja, por exemplo. Ao assinar o contrato, a agroindústria obrigatoriamente não vai deixar o produtor não ‘mão’. Ela vai cumprir o contrato. Do contrário, precisará indenizar. Além disso, algumas agroindústrias colaboram com a parcela desse pagamento do financiamento”, enfatiza o presidente da Associação.

Copini pondera que o município de Toledo e da região possuem uma condição mais favorável diante da lei da oferta e da procura. “Existem mais cooperativas e agroindústrias, assim o produtor pode escolher onde trabalhar”.

FUTURO – As demandas da categoria da avicultura são constantes. O presidente da Associação informa que a cada três meses, a categoria se reúne com as agroindústrias para tratar sobre assuntos pertinentes do setor e tem o apoio do Sindicato Rural e das Cadecs que são as Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação dos sistemas de integração na pecuária que muito têm contribuído nas negociações entre avicultores e as agroindústrias.

“Buscamos o equilíbrio de cada situação, porque todos precisam ganhar para se manterem na atividade. Existem divergências, mas tentamos encontrar o equilíbrio nas negociações”, relata Copini.

Outro desafio para o futuro é a produção e o preço do insumo. “Cada ano é uma história, porém produzimos os insumos necessários para alimentar os animais”, salienta Copini ao complementar que o principal desafio na atualidade é o juro elevado. “Isso inibe o produtor para buscar o financiamento para construir novas granjas, porque 8% a 10% são valores considerados elevados para uma atividade que produz alimento”.

Segundo o presidente da Associação, a evolução da atividade em Toledo tem sido constante devido o diferencial do município: a malha asfáltica no interior. “Independente da condição climática, o produtor consegue carregar o frango. A produção precisa sair de sua propriedade. De maneira geral, conseguimos dialogar com os representantes do Poder Público e das agroindústrias. Assim, os resultados são positivos”.

Da Redação

TOLEDO

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