Ações em Saúde ampliam índices de cobertura vacinal; Toledo ficou entre 81,21% e 104,9% em 2022

Quedas nas coberturas vacinais de rotina preocupam as autoridades em Saúde de vários municípios. A situação se agravou com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e muitos índices diminuíram no período. Na primeira infância, as crianças recebem imunização contra, pelo menos, 17 doenças. O declínio na vacinação pode colocar inúmeras crianças em contato com as doenças. Em Toledo, o setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde realiza ações para ampliar os índices.

Na semana passada, a equipe da Saúde fez a prestação de contas do terceiro quadrimestre do ano passado, referente aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, e demonstrou que os números melhoraram em 2022. A meta de vacinação anual preconizada pelo Ministério da Saúde é entre 90 e 95% na população estimada de crianças menores de um ano. No ano passado, o município ficou entre 81,21% e 104,9%.

AVALIAÇÃO – A secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, afirma que a equipe promoveu muitas ações além do ambiente da Unidade Básica de Saúde (UBS) de cada bairro. Ela comenta que atividades dos meses (coloridos) foram retomadas em 2022. “Além disso, vacinamos em todos os lugares da cidade, como supermercados, shopping, escolas, Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) ou parques”, relata.

Essas atividades apresentaram números expressivos. “Anteriormente, as coberturas vacinais não estavam a contento do Poder Público, mas os resultados dessas ações e as buscas ativas tiveram eficiência”.

Gabriela salienta que a equipe fez mais a recuperação de pessoas que não foram vacinadas, porque era algo preocupante aos profissionais. Ela cita como exemplo a vacina da Febre Amarela. Em 2017, o Município atingiu 98,8%. Na pandemia, em 2020, o índice diminuiu para 61,8%. Voltou a melhorar em 2021 quando aumentou para 86,5% e no ano passado fechou em 84,62%. “A cobertura ainda está baixa, no entanto, essa situação da Febre Amarela é considerada histórica”.

Outro exemplo é a Tríplice Viral. Em 2017, da população estimada, 105,7% foi vacinada. Em 2018 chegou a 110,8%. No entanto, a partir de 2019 começou a apresentar queda. Naquele ano, 93,5% da população estimada foi vacinada e se manteve dentro do índice preconizado. Em 2020, o ano fechou em 92,0%; em 2021 diminuiu para 90,7% e no ano passado fechou em 81,21%.

Com relação a Tríplice Viral, a Secretaria de Saúde pretende agir com ênfase e atuar com a sensibilização das famílias. “Nas demais vacinas, a cobertura está boa, inclusive ao comparar os números com 2019, quando ainda não tinha a pandemia”.

REFORÇO – A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Paula Franciele da Silva, explica que a vacina Tríplice Viral protege a criança contra a Rubéola, Caxumba e Sarampo. “Parece estranho ter a queda nessa vacina, porém tem ocorrido. A principal justificativa é o atraso na carteirinha. Porém é preciso realizar um estudo mais aprofundado para verificar a situação com mais clareza”.

Paula explica que Toledo, assim como o estado e o Brasil, possui risco eminente para contrair o Sarampo. “Essa situação preocupa e possuímos diversos alertas epidemiológicos, principalmente, ao Sarampo”, afirma a enfermeira.

Sobre os motivos em não levar a criança na Campanha, Paula destaca que os principais citados pelos pais são estar em horário de trabalho ou devido a condição climática. “Parece que existe a tranquilidade com relação a ministrar com urgência a vacina e, por consequência, manter o calendário em dia. Existe a tranquilidade com relação a ministrar, diferente de negar a vacina”.

RESULTADO – A enfermeira defende ações com a comunidade, como as pessoas receberem novas informações pelo rádio, jornal ou televisão “É importante o cidadão estar no shopping e observar que naquela local ocorre uma Campanha de Vacinação. Além disso, a fala conjunta especialmente entre os profissionais, como médico, enfermeira e técnico são fundamentais. Quando a sociedade mantém o mesmo posicionamento com relação a necessidade da vacina, nós temos a elevação na cobertura vacinal”, destaca.

Para 2023, a Secretaria de Saúde seguirá as Campanhas do Calendário Anual e diante da necessidade organizaremos ações com a Atenção Básica. “Para a população, a orientação é que quanto mais crianças, adolescentes ou adultos estiverem imunizados, o resultado será o reflexo na circulação de doenças, pois a vacina funciona. É uma ação que dá certo, devido as coberturas vacinais”, enfatiza a enfermeira.

A profissional acrescenta que é melhor trabalhar a prevenção, principalmente quando o assunto é vacina. “Trata-se de uma estratégia segura, barata e coletiva. A vacina protege você e o coletivo”, finaliza a enfermeira Paula.

VACINAS2017 (%)2018 (%)2019 (%)2020 (%)2021 (%) 2022 (%)
POP. ESTIMADA DE CRIANÇAS <1 ANO1995  2056  2051  2162  2071         1977
BCG113,8101,9101,596,595,1   104,9
PENTA110,6 102,081,995,386,797,1
POLIOMIELITE (VIP)109,3101,292,690,186,798,91
FEBRE AMARELA98,889,5   85,161,886,584,62
MENINGOCÓCICA112,599,493,794,188,494,18
PNEUMOCÓCICA 10114,3 100,494,893,087,897,01
ROTAVÍRUS115,598,694,493,288,295,1
TRIPLICE VIRAL105,7110,893,592,090,781,21

*Fonte: Sistema SIG Saúde e PNI *Dados Preliminares

Tabela: Cobertura vacinal em crianças menores de um ano.

Janeiro a dezembro de 2022, população estimada para o ano é de 1977 crianças.

Da Redação

TOLEDO

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