Ações reforçam a importância do uso de energia renovável

Para incentivar a busca de alternativas para geração própria de energia, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e parceiros realizam, até esta sexta-feira (30), a segunda Semana das Energias Renováveis. O calendário da semana bate com o anúncio do Plano Safra e a disponibilização de recursos financeiros pelo Governo Federal.

O objetivo é mobilizar produtores rurais a aderirem ao Programa RenovaPR, iniciativa voltada para interessados em instalação de sistemas de energias renováveis. Para dar andamento ao projeto, o produtor precisa buscar informação nos escritórios do IDR-Paraná.

Em 22 meses foram alcançados R$ 1,086 bilhão em 5.806 projetos acatados pelo IDR-Paraná. São 609 empresas cadastradas em Energia Solar e 19 em Biogás/Biometano. Conforme relatório do Deral das operações apoiadas pelo Banco do Agricultor Paranaense, o RenovaPR responde por 76,74% dos projetos apoiados e 86,32% do valor dos financiamentos.

PROGRAMAÇÃO – No Paraná, ao longo da semana são realizadas reuniões técnicas em diversos municípios, com a apresentação de casos de sucesso e demonstrações das vantagens dos sistemas de geração própria de energia. Em Toledo, as atividades iniciam nesta quinta-feira (29) e seguem nesta sexta-feira (30). O evento acontece na Agência BB Toledo.

De acordo com o engenheiro agrônomo do IDR-PR Leodacir Francisco Zuffo – um dos responsáveis pelo evento no munícipio –, a ação visa trazer informações aos produtores, agroindústrias, empresas integradoras, cooperativas e agropecuárias a respeito do programa do Governo do Estado Renova Paraná. “É a geração distribuída de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Para o evento, a pessoa interessada deve levar a sua fatura de energia para realizar o cálculo e a orientação da estimativa de energia e do custo do projeto”.

SENSIBILIZAÇÃO – O coordenador Estadual do RenovaPR Herlon Goelzer de Almeida enfatiza a necessidade de esclarecer e sensibilizar o público para fazer a geração própria de energia elétrica. “Quem ainda não adotou, precisa adotar, porque o preço da energia sobe cada vez mais e vale muito a pena economizar na fatura e pagar o financiamento antes de terminar o vencimento do crédito tomado no sistema financeiro”.

Almeida orienta que o produtor ou a pessoa interessada procure o IDR-PR o Banco de sua preferência e encaminhe o projeto junto a empresa escolhida. No Paraná, são 614 empresas de energia solar cadastradas, sendo 19 de biogás. “É importante o produtor rural que possui resíduo agrícola ou a agroindústria estudar o uso do biogás para que comercializar a energia e, por consequência, ter retorno econômico na propriedade”.

O coordenador Estadual do RenovaPR explica que além de gerar energia, o biofertilizante pode ser utilizado nas lavouras como fertilizante de solo, o que melhora a matéria orgânica e diminui o custo. “Com isso, o produtor pode investir em sua propriedade e ampliar a sua produção (por exemplo). Um produtor que tinha 1600 animais passou a produzir o biogás e hoje possui mais de sete mil animais. Com essa organização existe o potencial de criação e atende melhor a cooperativa ou a integradora. O biogás possui potencial para uso múltiplo para a geração térmica ou elétrica”.

TARIFAS – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aumento nas tarifas de energia elétrica do Paraná, o que ressalta a importância de sistemas fotovoltaicos ou com biogás.

O técnico do sistema Faep/Senar-PR, Luiz Eliezer fez uma breve análise nas redes sociais da Faep. “A Aneel aprovou em resolução regulatória o reajuste da tarifa de todos os paranaenses”.

Eliezer explica que o reajuste da baixa tensão, ou seja, os clientes residenciais, terá aumento de 10,5%. “Quando analisamos o índice de reajuste para a classe rural, a tarifa terá o aumento de 17,76%. A tarifa sai de R$ 0,53 para R$ 0,63 kWh; esse valor é livre de impostos”, afirma.

O técnico ainda cita algumas variáveis que poderiam justificar o aumento. Entre elas, destacam-se o fim do subsídio da tarifa rural; a Copel contratou mais energia do que a demanda de seus consumidores e o pagamento de subsídios para outros setores.

“As três variáveis explicam o aumento de 17,76% na tarifa rural. Se analisar ainda que nos últimos cinco anos, a classe rural teve o aumento de 76% e a classe residencial foi de 45%, enquanto a inflação foi de 33% no período. O produtor rural experimenta aumentos na tarifa da energia elétrica acima da inflação”, finaliza Eliezer.

Da Redação

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