Aedes aegypti: 20ª Regional de Saúde utiliza inseticida em ações de bloqueio

Ações de combate da proliferação do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya –  são tomadas em toda a área de abrangência da 20ª Regional de Saúde. Conforme relatório de casos, nos últimos 15 dias foram registrados casos positivos no município de Palotina.

“Nas última duas semanas, tivemos casos positivados apenas em Palotina”, relata o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª Regional de Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini. “No município já estão sendo realizadas ações de bloqueio com inseticida. Para os demais municípios o trabalho permanece o de rotina”.

Zanini pontua que os municípios intensificam as ações no intuito de reduzir e eliminar criadouros, a fim de baixar a infestação de forma menos nociva ao meio e a população. “Muitos deles estão realizando arrastão de limpeza e orientação a população”.

RESERVA TÉCNICA DE INSETICIDA – Na primeira quinzena de março, o Ministério da Saúde fez o repasse emergencial do inseticida Cielo para o Paraná. A 20ª Regional de Saúde foi contemplada. A entrega ocorreu em Guaíra –  em uma unidade estendida localizada no munícipio – local em que fica o depósito.

Alguns critérios foram definidos para a distribuição do Cielo às Regionais de Saúde (RS), levando em consideração a incidência de casos prováveis e autóctones de dengue das últimas dez semanas nos municípios; óbitos por dengue; nível de ação de resposta do plano de contingência municipal; casos prováveis de chikungunya; além dos municípios pertencentes à Macro Oeste, que concentram um maior número de casos confirmados.

O Cielo é um inseticida de pronto uso utilizado no tratamento espacial de ambientes externos com função específica para a eliminação das fêmeas de Aedes aegypti. A utilização é recomendada apenas em situações de aumento de casos. “A aplicação de inseticida só é realizada em situação de bloqueio, quando há casos confirmados, surto identificado e ou epidemia”, explica Zanini ao reforça que o produto já está sendo utilizado em Palotina.

CASOS POSITIVOS – Em Toledo, o relatório aponta que o município tem 36 casos autóctone e dois importados. “Foi fechado o 2º ciclo de levantamento do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), todos os munícipios fecharam, exceto Toledo, que utiliza outro modelo que realiza quatro ciclos por ano, ao invés de seis. O índice de infestação embora nos chame atenção e nos cause alerta os casos estão inertes, com poucas ocorrências de novos casos e locais isolados”, esclarece.

EVITAR CRIADOUROS – A solução para reduzir o Aedes aegypti é evitar a formação de criadouros e isso acontece com a colaboração e o comprometimento de todos. O mosquito é intradomiciliar, ou seja, não são nos rios que acontecem a procriação e sim nas cidades, nos recipientes (como tonéis, pratos de vasos de plantas, lixo entre outros) e criadouros naturais (como bromélias, buracos em árvores e bambus).

Em Toledo, durante as visitas, os agentes têm encontrado criadouros dentro das residências, principalmente, nos pratinhos de vasos de plantas, além das plantas aquáticas, bambus da sorte, entre outras flores que exigem cuidado e manutenção. Nos pátios, as equipes encontram com mais facilidade cisternas, tonéis que armazenam a água da chuva entre outros recipientes que podem acumular água e se tornarem criadouros.

Uma picada do mosquitos: chikungunya e dengue têm sintomas parecidos

Os principais sintomas da chikingunya são febre, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro ocular, dor de garganta, calafrios, diarreia e/ou dor abdominal (principalmente em crianças). As duas doenças têm sintomas bastante parecidos, mas na chikingunya, o que chama a atenção é a intensidade das dores articulares, pois a dengue costuma se apresentar com mais cores musculares e chikungunya com dores articulares mais intensas.

A chikungunya costuma se apresentar em três fases: aguda, subaguda e crônica. A fase aguda costuma durar até sete dias; já a subaguda é aquela que vai da segunda semana, podendo durar até três meses. Nem todos os pacientes evoluirão para a fase subaguda, assim como, nem todos os que evoluírem para a fase subaguda e evoluirão para a fase crônica.

Na chikungunya – como toda e qualquer doença infecciosa – os maiores riscos de complicações são para os extremos de vida (crianças de pouco idade e idosos) e para os portadores de condições crônicas. Os principais fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 anos, significativamente maior no sexo feminino, desordem articular preexistente e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda.

Da Redação

TOLEDO

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