Aedes aegypti: além da dengue, Oeste registra casos de chikungunya

Quanto mais criadouros do mosquito Aedes aegypti, mais a população está em risco. Contaminado, uma picada pode transmitir dengue, chikungunya e zika. Ao entrar no período crítico em relação a proliferação do mosquito, o setor da saúde alerta o Oeste, pois além da dengue foram registrados casos de chikungunya nos municípios de Foz do Iguaçu, Pato Branco e São Miguel do Iguaçu.

Toledo não tem casos de chikungunya, contudo, precisa cuidar em relação aos criadouros, pois para eliminar as doenças (dengue, chikungunya e zika) é preciso conter a proliferação do mosquito. Conforme a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, Toledo tem 25 casos confirmados – até a última quarta-feira (9).

“Estamos entrando no período mais perigoso em relação ao aumento dos casos de dengue”, alerta Lilian ao citar que diante das chuvas e na sequência as elevadas temperaturas – condições típicas desta época do ano. “É preciso comprometimento de todos”.

COMBATER O AVANÇOS DAS DOENÇAS – O mosquito é intradomiciliar, ou seja, não são nos rios que acontecem a procriação e sim nas cidades, nos recipientes (como tonéis, pratos de vasos de plantas, lixo entre outros) e criadouros naturais (como bromélias, buracos em árvores e bambus).

Durante as visitas, os agentes têm encontrado criadouros dentro das residências, principalmente, nos pratinhos de vasos de plantas, além das plantas aquáticas, bambus da sorte, entre outras flores que exigem cuidado e manutenção. Nos pátios, as equipes encontram com mais facilidade cisternas, tonéis que armazenam a água da chuva entre outros recipientes que podem acumular água e se tornarem criadouros.

“Pedimos a compreensão e conscientização de todos: que recebem os agentes de endemias. Aqueles que não estão em casa no horário da visita, pedimos que agende um horário, pois, às vezes, é exatamente naquele local que existem criadouros”, pontua a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias ao enfatizar que com o agendamento a visita pode acontecer nos sábados também.

CASOS DE CHIKUNGUNYA NO OESTE – A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou na última terça-feira (7), em Curitiba, a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) deste ano. O encontro teve como principal objetivo trazer o panorama da situação epidemiológica da febre chikungunya e atualização das ações desenvolvidas, principalmente, nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

De acordo com o boletim semanal das arboviroses, divulgado no dia 7, o Paraná tem dez casos confirmados de chikungunya, sendo seis importados, três autóctones e um segue em investigação quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones foram registrados nos municípios de Pato Branco, Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu. O boletim traz ainda 107 casos notificados e 41 permanecem em investigação.

20ª REGIONAL DE SAÚDE – “Tivemos uma vídeo reunião na manhã da última terça-feira e esse assunto foi pauta da reunião do COE Estadual na tarde do mesmo dia”, explica o chefe da 20º Regional de Saúde, o médico Fernando Pedrotti. “A vídeo foi dirigida às Regionais de Saúde e municípios da Macrorregião Oeste do Paraná com orientações técnicas, critérios de caso suspeito, fluxos e critérios para exames diagnósticos, entre outros pontos”.

Pedrotti reforça que o mesmo mosquito que transmite a dengue é o transmissor da febre chikungunya e combater o Aedes Aegyptii significa prevenir a dengue e a chikungunya, além da zika.

SINTOMAS DENGUE x ZIKA – Os principais sintomas da chikingunya são febre, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro ocular, dor de garganta, calafrios, diarreia e/ou dor abdominal (principalmente em crianças). “Essas duas doenças têm sintomas bastante parecidos, mas na chikingunya, o que chama a atenção é a intensidade das dores articulares. Dengue costuma se apresentar com mais cores musculares e chikungunya com dores articulares mais intensas”, explica Pedrotti.

O médico pontua que a chikungunya costuma se apresentar em três fases: aguda, subaguda e crônica. A fase aguda costuma durar até sete dias; já a subaguda é aquela que vai da segunda semana, podendo durar até três meses. “Nem todos os pacientes evoluirão para a fase subaguda, assim como, nem todos os que evoluírem para a fase subaguda e evoluirão para a fase crônica, que é aquela que se inicia após os três meses da doença”, esclarece.

Na chikungunya – como toda e qualquer doença infecciosa – os maiores riscos de complicações são para os extremos de vida (crianças de pouco idade e idosos) e para os portadores de condições crônicas. “O grande problema da doença é que ela pode levar a dores articulares crônicas, que podem se tornar incapacitantes. Os principais fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 anos, significativamente maior no sexo feminino, desordem articular preexistente e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda”, conclui Pedrotti ao enfatizar a necessidade de conscientização da população no combate as doenças.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da AE Notícias

Repelente: um aliado no combate as doenças transmitas pelo Aedes aegypti

O repelente é essencial para afastar os insetos e evitar as picadas de mosquitos – Foto: Janaí Vieira

O repelente é essencial para afastar os insetos e evitar as picadas de mosquitos – como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O uso do produto é indispensável especialmente neste período considerado o mais perigoso em relação ao avanço dessas doenças.

Os repelentes químicos, que podem ser adquiridos nas farmácias, trazem mais segurança, contudo, é preciso que a utilização seja de acordo com as orientações do fabricante – informações que geralmente constam na embalagem do produtor. O farmacêutico, Jorge Fernando, explica que independentemente da consistência do repelente, todos possuem a mesma eficácia. “Creme, líquido ou aerossol vai ter o mesmo efeito. Cada um gosta tem preferência por aquele que melhor se adaptar. A orientação é para a pessoa verifique a forma de utilização com o intuito de evitar intoxicação ou até mesmo alergia – essa no caso fazer o teste aplicando uma leve quantia na pele”.

Fernando alerta que os repelentes químicos possuem diferentes princípios ativos, por isso, é importante que os intervalos de aplicação e a faixa etária recomendada sejam seguidos. “Por exemplo, os produtos feitos à base de icaridina são mais comuns e costumam durar mais na pele, entretanto, a maioria é para pessoas a partir de 2 anos de idade. Eles podem ser usados pelas gestantes; vale ressaltar que as grávidas precisam de cuidado especial”.

EVITAR AS DOENÇAS – A utilização de repelente é um reforço para combater as doenças, contudo, a ação efetiva é promover a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. “É importante usar repelente, mas também é fundamental não deixar água parada, pois isso envolve a prevenção”, alerta o chefe da 20º Regional de Saúde, o médico Fernando Pedrotti. “Estamos em um período de chuva e calor, combinação que faz com que as chances de formação de criadouros aumentem e para combater isso somente o cuidado”.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.