Aeromédico: rapidez e agilidade a serviço da vida
O estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), iniciou um programa pioneiro com o onde se iniciou a inserção de aeronaves exclusivamente dedicadas à saúde. O transporte aeromédico é um grande avanço no atendimento de urgência e emergência, pois é uma rápida resposta quando se trata da redução do tempo em atendimentos de alta complexidade.
O coordenador médico Dr. José Luiz Lucchese Irigonhê explica que todos os outros modelos vigentes no país, empregam ou empregavam até então, aeronaves de finalidade mista, ou seja, atendendo à saúde e à segurança pública, como Polícia Militar, Polícia Rodovia Federal, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, entre outros.
“Este projeto começou em Cascavel no dia 22 de janeiro de 2014, firmando-se um acordo entre o Governo do Estado – órgão mantenedor do programa – e o Consórcio dos Municípios do Oeste do Paraná (Consamu) responsável pela logística humana e material de consumo médico hospitalar”, conta.
A Unidade Aérea Pública (Sesa/Consamu), Base Cascavel, conta com uma aeronave dedicada ao atendimento de transferências interhospitalares e para atendimentos pré-hospitalares (APH). A região de abrangência compreende o território da Macro Regional de Saúde Oeste: 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 20ª Regional de Saúde. “Devido aos bons resultados obtidos o estado do Paraná ampliou o programa e hoje temos bases nas cidades de Maringá, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba”, complementa o coordenador médico.
DADOS – O maior percentual dos atendimentos aeromédico ocorre nas transferências interhospitalares, seguido pelos atendimentos de APH (acidentes) e apoio para as equipes de transplante de órgãos e/ou ao transporte dos mesmos. Até a última terça-feira (22), foram realizadas 3.434 missões. Com aproximadamente 4.790 horas de voo. A evolução do trabalho do Aeromédico foi gradativa: no primeiro ano, foram realizados 282 voos; em 2021, foram 520, o que representa quase o dobro.
Segundo dados da Assessoria de Imprensa do órgão, a maior parte dos pacientes é de idosos acima dos 60 anos (1.297), segundo de adultos entre 15 e 59 anos (1.257), neonatal (372) e pediátrico (345). Os homens são maioria: 1.995 atendimentos, seguido de mulheres, com 1.276 atendimentos. Os atendimentos cardiovasculares representam 968 atendimentos, seguido de 746 causas externas, 419 causas neurológicas, 372 ocorrências neonatais, 352 respiratórias, 152 infectológicas, 145 digestórias, endócrinas e renais, 87 oncológicas e 30 obstétricas.
ATENDIMENTO – O coordenador médico Dr. José Luiz Lucchese Irigonhê explica que o atendimento pelo Aeromédico é realizado semelhante ao que é feito por todas as unidades de suporte avançado do Consamu, mas com transporte pelo helicóptero. “Trazendo mais agilidade na locomoção da equipe e da chegada do paciente ao seu destino”.
O acionamento ocorre através de pedido à central de regulação de urgências do Consamu, aonde o regulador vai optar pelo meio a ser utilizado. No Aeromédico são realizados todos os procedimentos necessários para a estabilização do paciente para transporte, entre eles o profissional cita a intubação orotraqueal, ventilação mecânica, monitorização cardíaca, emprego de medicamentos, drenagem de tórax, acesso venoso central, sondagens, entre outros.
TREINAMENTO – A utilização do serviço Aeromédico necessita de um treinamento específico. Irigonhê saliente que além dos inerentes as funções como profissionais de saúde, existe a necessidade de aprender a se portar dentro de uma aeronave. “Quando embarcados em uma aeronave passamos a fazer parte de sua tripulação. Operamos com três profissionais: o comandante de aeronave, o profissional enfermeiro e o profissional médico”, esclarece.
Entre os cursos que os profissionais necessitam realizar estão a pós-graduação em Medicina de Voo e Aeroespacial e o curso preparatório para Operador de Suporte Médico que é fornecido pela Unidade Aérea Pública (UAP) da Sesa-PR.
Da Redação