Estimated reading time: 5 minutos
O Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho, em Toledo, é tema de debates e diferentes interpretações. Porém, é fundamental que todos compreendam que a operação deste espaço exige um olhar especial. Um debate que precisa ser pautado em fatos.
Nesta série de cinco reportagens, reunimos informações essenciais para esclarecer o papel estratégico do aeroporto e os impactos de suas atividades no desenvolvimento de Toledo e região. Cada episódio desta série explora aspectos-chave que abordam a importância do aeroporto para a economia local e os desafios para manter sua regularidade, além das ações em andamento e as perspectivas para o futuro.
Capítulo 1 – A Importância do Aeroporto Municipal de Toledo
O Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho, em Toledo, é um importante equipamento logístico do Oeste do Paraná. Fato comprovado pela razão de que muitos voos executivos são desviados para ele em razão de condições adversas, uma vez que fica em posição central na região e que possui boas condições para pousos e decolagens.
Inaugurado em 24 de janeiro de 1954, na gestão do então prefeito Ernesto Dall’Oglio, é um aeroporto civil público, homologado e administrado pela Prefeitura de Toledo, através da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, desempenhando um papel estratégico para o município e toda a microrregião. A estrutura atual contempla uma pista com 1.670 metros de comprimento e 30 metros de largura.
Além disso, conta com 11 hangares, posto de abastecimento, Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis (Sescinc) e terminal de passageiros com Canal de Inspeção Aeroportuária, Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo (EPTA) e Sala AIS (Aeronautical Information Service). Esta infraestrutura está homologada para operações de transporte aeromédico, voos privados, táxi aéreo e operações militares.
Com esses atributos, o Aeroporto de Toledo se consolidou como um ativo fundamental para o desenvolvimento regional. Sua relevância pode ser mensurada pelo fluxo contínuo de pousos e decolagens – que totalizou 3.182 operações em 2024 e 190 em janeiro de 2025 (mesmo sem a realização de voos comerciais regulares atualmente).
Além de voos privados, algumas companhias já operaram nessa estrutura no passado, como a Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), a Sadia, a Rio-Sul e a Sol Linhas Aéreas. Recentemente, entre 9 de janeiro de 2019 e 23 de março de 2020, Toledo esteve conectada a Curitiba por meio da operação da Azul Linhas Aéreas, com voos regulares e uma taxa média de ocupação de 79,1% em 2019 (6° lugar em toda região Sul entre aeroportos de mesma configuração) e 85,8% em 2020 (1° lugar), quando embarcou e desembarcou 30.438 passageiros.
Após o período mais agudo da pandemia de Covid-19, em 20 de dezembro de 2021, a Azul retornou a operar voos regulares, conectando Toledo a Campinas (SP), vindo a encerrar sua operação no Aeroporto de Toledo em 6 de dezembro de 2023. A interrupção desses voos impactou significativamente a mobilidade e o desenvolvimento econômico local.
O secretário do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico de Toledo, Thiago D’Arisbo, reforça que o Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho vai muito além do transporte de passageiros. “Ele é um impulsionador de negócios, atrai investimentos e fortalece setores-chave da nossa economia, como o agronegócio e a indústria. Por isso, é fundamental manter a regularidade operacional e investir na melhoria da infraestrutura aeroportuária. Só assim poderemos garantir que Toledo volte a se destacar no cenário da aviação comercial”, analisa. “Esta estrutura é, sem dúvida, um vetor estratégico para o desenvolvimento da nossa cidade. Nosso compromisso é assegurar que a infraestrutura esteja sempre alinhada com as necessidades da aviação e com as demandas do setor produtivo da nossa região”, assegura.
Esta limitação nas possibilidades de uso do aeroporto de Toledo está por detrás do título desta série: Potência Reduzida. Amanhã, na segunda reportagem, você irá conferir os desafios que o aeródromo enfrenta para manter a regularidade das operações.
O AEROPORTO DE TOLEDO EM NÚMEROS
• Inaugurado em 24 de janeiro de 1954.
• Pista com 1.670 metros de comprimento e 30 metros de largura.
• 11 hangares
• Infraestrutura homologada para operações de transporte aeromédico, voos privados, táxi aéreo e operações militares.
• 3.182 operações em 2024 e 190 em janeiro de 2025 (mesmo sem a realização de voos comerciais regulares atualmente).
• De 09/01/2019 e 23/03/2020, a Azul Linhas Aéreas operou com voos regulares de e para Curitiba.
• De 20/12/2021 a 06/12/2023, a companhia operou embarques e desembarques entre Toledo e Campinas (SP).
