Agosto Dourado: ‘Amamentação, apoie em todas as situações’ é tema deste ano

Amamentar o filho recém-nascido é uma experiência única para cada mulher. Cada mamãe vive esse momento de uma forma diferente. Entre tentativas, desafios e persistência não cabe nenhum julgamento e o que vale é encontrar maneiras de bem nutrir aquele ser indefeso. O leite materno é o único alimento que o recém-nascido precisa até os seis meses de vida. Esse alimento é uma importante fonte de vida, de saúde e de muito amor. Enquanto muitos bebês são agraciados com o aleitamento materno em ‘livre demanda’, outros contam com a bondade daquelas mães que fazem a doação desse líquido tão precioso.

O Agosto Dourado e a Semana Mundial do Aleitamento Materno enaltecem a importância de cada doação e como esse ato pode fazer a diferença. A 20ª Regional de Saúde, desde março de 2007, conta com o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus. Os atendimentos prestados ajudam muitos bebês. A prioridade do leite doado é para atender aqueles que estão internados na UTI Neo Natal e os que nascem no hospital e precisam de complemente durante a internação.

“Temos muito o que celebrar no Agosto Dourado”, enfatiza a enfermeira do Banco de Leite Humano da Hoesp, Mayara Alves de Lima Rodrigues. “Temos para comemorar as milhares de mães, bebês e famílias que já atendemos e conseguimos de alguma forma ajudar, apoiar e aconselhar nesse processo tão rico que é amamentar. Saber que muitos bebês e crianças estão recebendo essa nutrição tão importante para o crescimento e desenvolvimento humano, não tem preço. Poder contribuir para que o índice do aleitamento materno suba cada dia mais é a nossa missão”, cita ao acrescentar que para o mês de agosto a programação contempla várias palestras sobre incentivo ao aleitamento materno e doação de leite materno.

Durante o período de amamentação, diversas mães, produzem mais leite do que o bebê necessita para o desenvolvimento saudável. Nesses casos é possível fazer a doação e assim dividir. Com esse gesto de solidariedade e amor essas mulheres podem doar a quantia excedente sem prejudicar o filho. Com a doação, essas mulheres permitem que ajudar aqueles bebês que não podem ter acesso ao leite das próprias mães, seja pela falta de produção ou algum outro problema.

ALIMENTO PRECIOSO – “A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a amamentação como uma das formas mais eficazes de garantir saúde ao longo de toda a infância. Segundo a OMS o aleitamento materno deve ser ofertado exclusivamente ao bebê de 0 aos 6 meses e após até os 2 anos ou mais, pois ele é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, pois é um alimento completo que possui todos os nutrientes que o bebê precisa, sendo de mais fácil digestão e promove um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças”, destaca a enfermeira.

O aleitamento é primordial para o bebê, mas esse ato também beneficia a mulher. “Para a mãe, ele proporciona uma melhor recuperação no pós parto, menos chance de hemorragias, de desenvolver câncer de mama além de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê”.

CADA ML É ESSENCIAL – “Contamos com uma média de 200 litros de leite materno doados mensalmente entre o município de Toledo e região. Temos em torno de 100 doadoras ativas mensalmente. Tendo sempre uma entrada e saída constante de nutrizes que doam”, explica Mayara.

Antes de chegar até o bebê, o leite doado passa por várias fases. A primeira etapa é a análise sensorial que compreende a avaliação do cheiro e o visual do leite humano. Na sequência é realizado o teste de acidez com utilização do processo de titulação é avaliada a acidez do leite humano, classificando em padrões de referência aceitáveis.

Logo após a pasteurização, quando o leite humano é submetido a temperaturas elevadas para garantir a eliminação dos microrganismos patogênicos e da microbiota saprófita. Também acontece o processo de dosagem do valor calórico de cada leite e destinação adequadamente a cada receptor.

Depois de todos esses processos, o leite precisa ser armazenamento em temperatura controlada. Por isso, os frascos de leite humano pasteurizado permanecem armazenados no freezer até sua utilização, garantindo a estabilidade da composição nutricional. Todos esses processos certificam a qualidade do leite, podendo ser liberado para consumo após emissão do laudo microbiológico.

A LUTA E O APOIO – Se para algumas o processo é algo simples, para outras o ato de amamentar pode estar cercado de obstáculos e sofrimentos. “Infelizmente, muitas mães sofrem por falta de informação e a ajuda certa durante o período da amamentação. Mas hoje temos muitos recursos que podem deixar a amamentação mais fácil. Mesmo com dificuldades, eu friso que é possível amamentar e sem sentir dor, se buscarmos a ajuda dos profissionais certos, técnicas certas e sermos persistentes e pacientes”, salienta.

Mayara cometa que, neste ano, o tema do Agosto Dourado é ‘Amamentação, apoie em todas as situações’. “Acreditamos que não basta só ajudar, ensinar e motivar, é preciso promover, apoiar e proteger a amamentação. Por isso, a campanha deste ano tem como objetivo garantir o direito à amamentação, com atenção especial às lactantes em situação de vulnerabilidade, além de apoiar a amamentação em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais. Essa é a missão para nós profissionais da saúde, sociedade, para os familiares e amigos dessa nutriz, que necessita muito de todo apoio para que seja possível ela vivenciar essa fase da melhor forma, para ela e para seu bebê”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

Banco de Leite Humano: atendimentos contribuem no índice da promoção do aleitamento materno

No Hospital Bom Jesus todas as novas mamães recebem orientações sobre a amamentação através do trabalho do Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus. As gestantes e as mamães têm acesso as dicas de como preparar as mamas para a amamentação e os problemas que podem acontecer.

O trabalho da equipe do BLH inicia logo após a mãe receber alta do hospital. Os profissionais explicam a importância da doação – que pode ser feita em qualquer quantidade. Para ser uma doadora basta fazer o cadastro no Banco de Leite através do telefone 2103-2013. As mulheres que procuram diretamente o BLH para fazer doação são cadastradas e elas tem acesso a todo o material necessário para a coleta.

“Atendemos todas as mães que buscam nossa ajuda e auxílio durante a amamentação”, afirma a enfermeira do Banco de Leite Humano da Hoesp, Mayara Alves de Lima Rodrigues. “Aquelas que estiverem com dificuldade na pega do bebê ao seio, que apresentam fissuras mamárias, mamas ingurgitadas, dor ao amamentar, que o bebê não está sugando em seio materno, dentre outras situações. Atendemos gestantes através de orientações sobre aleitamento materno (curso para casais grávidos, gestantes de alto risco, palestras em outras unidades de saúde), puérperas que tem bebê e estão internadas no hospital bom Jesus, mães que seus bebês estão internados na UTI Neonatal da Hoesp, e mães externas, que buscam essa ajuda. Atendemos todas a 20° Regional de Saúde”.

Os atendimentos do BLH acontecem todos os dias das 7h às 19h. A equipe é composta por seis profissionais sendo duas para pasteurização do leite, uma para coleta de leite e visita domiciliar e três para atendimento no geral. Além disso, existe a coordenação para todo o suporte necessário.

AUXÍLIO DA COMUNIDADE – “Por sermos uma instituição filantrópica, contamos com toda e qualquer ajuda. Como exemplo o auxílio com doações de vidrarias para a armazenagem do leite materno, itens de amamentação como bombas, almofadas de amamentação, coletores, entre outros. Materiais impressos também são muito bem-vindos para distribuirmos e alcançarmos mais pessoas com informações sobre amamentação e doação de leite materno”, destaca.

Da Redação

TOLEDO

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