Com 1.394 notificações em três anos, 20ª RS alerta sobre cuidados com animais peçonhentos

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O calor e a umidade presentes no verão favorecem o aparecimento de animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões. É preciso estar alerta sobre o risco de acidentes com esses animais que aproveitam as altas temperaturas para o deslocamento em busca de alimento e reprodução.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) faz um alerta à população para reforçar os cuidados no período entre dezembro e março, marcado pela maior movimentação de pessoas em regiões turísticas, de mata e litoral. De acordo com dados da 20ª Regional de Saúde de Toledo (RS), só no ano passado foram 490 notificações de animais peçonhentos na região atendida pelo órgão. Em 2023 a Regional registrou 563 notificações e em 2022 foram 341, totalizando 1.394 casos nos últimos três anos.

“Os acidentes mais comuns em nossa região são com escorpiões e aranhas, seguido de acidentes por abelhas e serpentes”, conta a enfermeira, coordenadora do Programa Regional de Vigilância de Acidentes por animais peçonhentos (20ª RS), Pricila Teixeira.

No período indicado, foram registrados 514 notificações com escorpiões, 377 com aranha, 196 com abelhas e 135 com serpentes. Alguns cuidados simples podem evitar acidentes com esses animais. Pricila cita que em locais ou situações de risco para acidentes por animais peçonhentos como mata, trilhas, áreas com acúmulo de lixo, atividades de limpeza, jardinagem, entre outros, deve-se utilizar equipamento de proteção individual (EPI).

Averiguar com atenção os locais de trabalho, casas, caminhos a percorrer, árvores (antes de tocá-las ou apoiar-se); evitar colocar a mão em buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, em montes de lenha, entre pedras; para mexer nesses locais é melhor fazer com o uso de um pedaço de madeira, enxada, vassoura.

Não mexer em colmeias ou vespeiros; inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes, antes de usá-los. As camas e berços devem ser afastados das paredes. Lençóis e cobertas sobre as camas e berços não deve encostar no chão, pois podem ser apoio para que aranhas e escorpiões subam.

“Caso encontre algum animal peçonhento, afaste-se com cuidado, evitando assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto. Entre em contato com a autoridade competente da região como bombeiros, polícia ambiental ou unidade de vigilância de zoonoses, por exemplo”.

Atendimento de casos com animais peçonhentos em Toledo

Em caso de acidentes, a enfermeira Pricila orienta que a pessoa procure imediatamente o serviço de saúde para atendimento e acompanhamento do caso. “Os serviços de saúdes são orientados que mediante a uma situação de envenenamento/acidente causado por animal peçonhento que entrem em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná – (CIATox/PR)”.

Ela explica que a equipe profissional do CIATox/PR é composta por profissionais médicos, enfermeiros e estagiários de Medicina e Enfermagem e tem como atribuição auxiliar os profissionais de saúde através de telemedicina nos casos de intoxicações exógenas e acidentes com animais peçonhentos, além de repassar orientações em caso de intoxicações com medicamentos, pesticidas, produtos de higiene e limpeza em geral, cosméticos e acidentes com animais peçonhentos para a população em geral. O atendimento é 24 horas e pode ser feito através do telefone 08000 410148.

“A 20ª Regional de Saúde possui equipe profissional (composta por enfermeiros, médicos veterinários e demais profissionais da vigilância em saúde) para apoiar tecnicamente os profissionais de saúde dos municípios mediante a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, além da dispensação de imunobiológicos (soros antipeçonhentos), quando necessário”, esclarece a enfermeira.

Da Redação

TOLEDO