Após três meses de queda, custo da cesta básica aumenta mais de 3% em Toledo

A variação mensal no custo da cesta básica de Toledo registrou um aumento de 3,70% no período entre outubro e novembro deste ano, conforme aponta a pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional, composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio e Pós-graduação em Economia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. A pesquisa faz parte de um convênio entre a Unioeste e a Prefeitura de Toledo.

De acordo com a coordenadora do projeto de pesquisa Profª. Drª. Crislaine Colla, com este resultado é possível observar que ocorre o aumento depois de três meses consecutivos de redução. “Contudo, ao analisar o índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses e possível notar que ocorreu uma redução acumulado de -5,17%”. O valor da cesta básica de novembro de 2023 (R$ 582,72) é 5,17% menor que o custo da cesta básica de dezembro de 2022 (R$ 614,46).

VARIAÇÃO ACUMULADA – Já a variação acumulada deste ano apresenta uma variação negativa de -3,99%, ou seja, o valor da cesta básica de novembro de 2023 está 3,99% menor do que estava em janeiro de 2023.

O custo da cesta básica individual passou de R$ 561,92 em outubro de 2023 para R$ 582,72 em novembro de 2023. O custo da cesta básica familiar também apresentou um aumento de 3,70%, passando de R$ 1.685,77 em outubro de 2023 para R$ 1.748,17 em novembro de 2023.

Na pesquisa, a coordenadora cita como exemplo um trabalhador que ganha um salário-mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar. “Uma vez que o valor de R$ 1.748,17 ultrapassa o valor do salário-mínimo vigente em 43,18%, não conseguindo arcar com as demais despesas domiciliares mensais”.

PRODUTOS – Crislaine aponta que dos 13 itens da cesta básica, os destaques são para nove produtos que apresentaram aumento do preço médio, que foram: a batata (25,64%); a banana (14,31%); o feijão (6,50%); o café (4,96%); o leite (3,70%); a carne (1,58%); o arroz (1,46%); o tomate (1,03%); e o óleo de soja (0,04%). Por sua vez, quatro produtos apresentaram redução no preço médio no período: a margarina (-4,67%); a farinha de trigo (-2,86%); o pão francês (-1,17%); e, por último, o açúcar (-0,85%).

A pesquisa ainda verifica que nove produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: a margarina, com diminuição de -37,80%; o óleo de soja com uma redução de -32,85%, o café, com uma redução de -18,53%, a farinha de trigo que diminuiu -16,94% do seu preço, a carne apresentou redução de -9,04%, o feijão que reduziu -4,83%, o pão francês apresentou redução de -3,47%, o leite com uma redução de -1,59%, e a batata acumula redução de -1,22% nos últimos 12 meses.

De janeiro a novembro de 2023, a variação acumulada no ano corrente indica uma volatilidade nos preços. Como exemplo, a banana. A fruta apresentou um aumento de 41,24%. Crislaine cita que na mesma direção, o tomate é o produto com o segundo maior aumento acumulado de 2023, de 13,11%.

Em seguida, aparece o açúcar, com aumento de 12,89%. O arroz apresentou aumento de 2,61%. Observa-se que dos 13 produtos analisados, nove deles apresentaram redução no ano de 2023, que são: o óleo de soja que apresenta a maior redução de -31,94%.

Em seguida, vem a batata com redução de -19,15%. Logo após vem o café apresentando uma variação acumulada negativa de – 17,22%, o preço da margarina diminuiu em -15,06%, a farinha de trigo diminuiu -14%, o feijão diminuiu -11,38%, o leite com redução de -10,61%, a carne reduziu -10,47% e o pão francês reduziu 1,16% do seu preço no ano de 2023.

A coordenadora também ressalta que diante da variação total da cesta básica individual para novembro de 2023, que foi de 3,70%, o aumento no preço da batata e da banana representaram o maior impacto para o aumento do índice.

Conforme exposto, os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o arroz, que acumulou aumento de 14,38%; o açúcar, que aumentou 12,78%; o tomate com aumento de 6,48%; e a banana com um aumento acumulado de 5,73% nos últimos 12 meses.

Da Redação

TOLEDO

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