‘Aqui o Mosquito Não Entra’: campanha do Sesc auxilia no combate à dengue

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR deu início a campanha ‘Aqui o Mosquito Não Entra’. O lançamento da terceira edição ocorreu nas instalações da Unidade do Sesc de Toledo na manhã de terça-feira (25). O evento contou com a participação de diversas autoridades de municípios da área de abrangência da Unidade de Toledo, especialmente, com integrantes dos departamentos de Combate as Endemias.

A campanha consiste em promover a conscientização, eliminar os criadouros e promover uma competição saudável entre municípios. “O Sesc também tem esse comprometimento em relação a promoção da saúde”, declara a gerente executiva do Sesc Toledo, Paula Bernardini. “Conscientizar a população é um passo fundamental. É importante poder unir forças e contar com a parceria: Estado, Sesc e municípios”.

Paula pontua que a estratégia principal da campanha é promover o engajamento da comunidade na eliminação dos focos do mosquito, na limpeza dos terrenos, dos quintais, dos ambientes, na destinação correta de resíduos. “Cada ação registrada e compartilhada no aplicativo do Sesc PR reverte em pontuação e essa é a competição saudável. A ideia é fomentar boas iniciativas que refletem em mais comunidade para a população”, declara.

Representantes dos municípios de Assis Chateaubriand, Brasilândia do Sul, Formosa do Oeste, Francisco Alves, Ouro Verde do Oeste, Palotina, São Pedro do Iguaçu e Toledo prestigiaram o lançamento da campanha. “A prevenção e o combate são essências. É importante participar, ser ativo e consciente de que é preciso que cada um faça a sua parte”, aponta o prefeito de São Pedro do Iguaçu, José Aroldo Malvestio.

O GAME CONTRA A DENGUE – A técnica de atividade do Sesc Toledo, Georgett Zancanaro, explica que para participar da campanha o primeiro passo é fazer o download gratuito do aplicativo Sesc PR. “É um aplicativo de combate a doença. Depois de baixar o App é preciso acessar um ícone roxo que é ‘Prevenção a dengue’, se for o primeiro acesso é necessário fazer o cadastro: colocar o nome, data de nascimento, um e-mail válido, escolher a cidade; com o cadastro concluído é só começar a participar”.

A participação consiste em registrar a eliminação de criadouros do mosquito. Georgett comenta que é preciso fazer foto do antes e depois. “Se a pessoa encontrou lixo na beira da calçada, por exemplo, um copo descartável, ela vai tirar foto de como encontrou esse lixo, vai recolher para dar a destinação correta e depois vai fotografar novamente para efetivar que o foco foi eliminado”, esclarece ao acrescentar que cada foto de mosquito eliminado vale um ponto para o município.

COMPETIÇÃO SAUDÁVEL – A área de abrangência do Sesc de Toledo contempla 12 municípios – que concorrem entre si. Cada Sesc lidera um grupo e faz a premiação de acordo com a pontuação. Ao todo serão premiados o primeiro, o segundo e o terceiro município que mais pontuar. Além disso, também acontece a premiação para os agentes de endemias que mais eliminarem. A premiação é simbólica com troféu e medalha.

“O regulamento da campanha ‘Aqui o Mosquito Não Entra’ pode ser conferido no site do Sesc PR. O lançamento ocorreu em todos as unidades e a previsão é que aconteça até maio, contudo, o período pode ser prorrogado – até o mês de junho – se tivermos uma crescente nos casos positivos de dengue”, declara Georgett ao reforçar o convite para que toda a comunidade participe.

DADOS DA SEGUNDA EDIÇÃO – Em 2021–2022, foram eliminados 259.227 criadouros do mosquito por meio da participação de 5.764 pessoas de 284 municípios do Paraná. A significativa participação na competição mostra como ações educativas podem fazer a diferença no cenário atual.

Da Redação

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

20ª Regional de Saúde: histórico aponta surtos e epidemias a cada dois anos

“É um trabalho importante de rotina setorial e contar com ações como essa campanha do Sesc vem para reforçar os trabalhos”, salientou o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Felipe Hofstaetter Zanini. Para ele, a iniciativa é mais uma ferramenta no combate.

Zanini esteve presente no lançamento da campanha ‘Aqui o Mosquito Não Entra’. Ele destacou que promover a competição saudável é uma forma de instigar a comunidade, além de levar mais informação e evidenciar a importância de manter o comprometimento com a saúde do coletivo.

“É importante quando alguém de fora fala com a população, quando outras pessoas também falam sobre dengue, é uma oportunidade de atingir a comunidade de uma forma que nem sempre conseguimos atingir”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde.

SUPERLOTAÇÃO DOS SISTEMA – Zanini pontou que os casos dengue refletem no Sistema Único de Saúde (SUS). “Diante dos sintomas e do quadro, a pessoa vai procurar uma Unidade Básica de Saúde. Nós, vemos os impactos como um todo: as filas na UPA, o transporte desses pacientes, os atendimentos de urgência e emergência; gera o aumento da procura”.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO – Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria estadual da Saúde (Sesa) – divulgados na última terça-feira (24) – apontam que o Paraná já registrou 2.642 casos confirmados de dengue – 207 novas ocorrências em relação à semana anterior. O boletim também traz 37.099 casos notificados.

Os dados são referentes ao período sazonal da dengue, iniciado em 31 de julho de 2022. Os casos confirmados estão distribuídos por 225 municípios. Há, ainda, 6.412 casos em investigação. O informe não traz novos óbitos confirmados e o Estado permanece com três registrados neste período. Dos casos confirmados, 45 casos apresentaram dengue com sinais de alarme e três dengue grave.  

CADA DOIS ANOS – “Temos um histórico de surtos e epidemias a cada dois anos. Os trabalhos de orientação, ações de combate são contínuos por parte dos órgãos competentes. As pessoas se conscientizam, cuidam e evitam os criadouros; isso passo, vem a falta de cuidado e entramos em situação de risco novamente”, alertou o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde.

No comparativo dos três anos anteriores, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª Regional de Saúde de Toledo pontou que ainda não é possível afirmar reincidência de municípios com mais números da caso, pois o período sazonal está no início e os resultados das ações ainda estão por serem reconhecidos. Contudo, é possível pontuar que alguns municípios têm mais dificuldades por questões geográficas e características populacionais culturais, fatores que refletem no número de casos.

UNIDADE SENTINELA DE MONITORAMENTO – Desde 2021 o Estado do Paraná, implantou Unidades Sentinelas de Monitoramento Laboratorial de Dengue, na 20ª Regional de Saúde são quatro: Toledo, Guaíra, Assis Chateaubriand e Santa Helena. Essas Unidades visam auxiliar a entender o trânsito da doença e o tipo de vírus circulante nos territórios. Esses trabalhos podem demonstrar uma maior incidência inicial de casos, para estes locais, pois casos suspeitos são coletados e enviados para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) a qualquer tempo com o intuito de rastrear a presença da doença.

Da Redação

TOLEDO