Artefatos explosivos: BJ irá elaborar protocolo de segurança específico para esse tipo situação

O ocorrido, na noite do último sábado (20), ascendeu um alerta em relação ao necessidade do protocolo de segurança em casos de artefatos explosivos. Um homem vítima de explosão – que foi atendido no Hospital Bom Jesus – tinha consigo artefatos explosivos. O paciente faleceu. Para acompanhar a situação foi preciso acionar o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Paraná.

“Desde que exerço o cargo, esse tipo de situação nunca tinha ocorrido no Hospital Bom Jesus”, relata a superintendente do Hospital Bom Jesus, Zulnei Bordin. “Temos protocolos de segurança em relação a casos de incêndio, número elevado de vítimas graves, entre outros, mas não referentes, especificamente, a artefatos explosivos”.

Zulnei relata que assim que a vítima deu entrada no pronto-socorro do Hospital já passou a receber os atendimentos necessários e logo os profissionais localizaram os artefatos explosivos com o paciente. “Como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar já estavam no local, visto que era uma situação que envolveu explosão, foram essas corporações que nos auxiliaram em relação as medidas cabíveis”.

Assim que foi apontada uma situação de alerta, o Esquadrão Antibombas, de Curitiba, foi acionado. O trânsito em frente ao hospital, na Rua Almirante Barroso, foi interditado por equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar até a chegada do esquadrão especializado –  que ocorreu por volta das 23h45.

A equipe do hospital, imediatamente, deslocou todos os pacientes que estavam no Pronto Socorro para outros setores. Felizmente, no momento do ocorrido apenas duas pessoas estavam no local aguardando um leito de UTI. Além disso, o Samu também recebeu a orientação para não encaminhar outros pacientes à instituição.

“Geralmente, temos entre três a cinco pacientes no Pronto-Socorro, naquela noite tínhamos apenas duas, isso facilitou o trabalho de deslocamento. Ficamos aproximadamente quatro horas em isolamento, ou seja, sem atendimento no pronto-atendimento. A vítima logo após dar entrada no Hospital sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito. Somente após a chegada do Esquadrão é que foi possível retomar os atendimentos normais”, conta.

PROTOCOLO DE SEGURANÇA – Zulnei destaca que diante do ocorrido será elaborado um protocolo de segurança específico para situações dessa natureza. “Iremos realizar reuniões para definirmos todo o descritivo, todos os pontos e como devem ocorrer cada ação, depois disso e aprovado já iremos realizar os treinamentos com todas as equipes. Acreditamos que no prazo de 60 dias todo esse processo deve estar concluído”, destaca.

O CASO – A vítima fatal foi identificada como Marcos de Souza, de 40 anos. Ele teria problemas mentais, tendo em vista que a casa estava em situação insalubre e cheia de objetos espalhados. Marcos se feriu gravemente após uma explosão em sua residência. Uma equipe do SAMU o atendeu e encaminhou o homem ao Hospital Bom Jesus, onde foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Dando sequência ao trabalho de investigação e de prevenção, a equipe do Esquadrão Antibombas da Polícia Militar, de Curitiba, esteve na manhã de domingo (21) na residência localizada na rua Presidente Vargas no Jardim Europa. Segundo informação da polícia, foram retirados 30 artefatos do local, que foram recolhidos e, posteriormente, levados para um lugar isolado para detonação. Os policiais, ainda, identificaram que pelo menos duas explosões aconteceram na noite de sábado (20). A Polícia Civil e a Polícia Científica investigam o caso.

Da Redação

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