Associação de Autistas reúne famílias para repassar conhecimento

O último sábado (12) foi dia de unir as famílias na sede da Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo (Associação Vida). Esse tipo de ação deixou de acontecer no período da pandemia da Covid-19 e foi com muita motivação que a entidade promoveu uma tarde animada e movida a troca de experiências.

O objetivo desses momentos é promover o fortalecimento dos vínculos, além de levar informações, trocar experiências e fazer com que o autismo seja mais conhecido pela sociedade para que possa ocorrer a empatia. A ideia segundo a presidente da entidade, Tânia Salete Bilato, é que esse tipo de ação aconteça uma vez ao mês.

Conforme Tânia, o encontro foi produtivo e atingiu o objetivo: reunir as famílias para que pudessem ter um espaço de troca de conhecimento. “Contamos com a participação de famílias novas e isso é muito bom pela vontade de aprender, de ver como funciona uma roda de conversar, para tirar as dúvidas. Infelizmente, ainda temos um baixo número de pais que participaram, mas é gratificante cada participação”.

EMPATIA E CONHECIMENTO – O retorno da atividade contou com a presença da menina autista, Auymee Sophie e seu galo, o Paçoca – animal de suporte emocional. “As crianças se interessaram pela ideia e isso já é gratificantes”, disse a presidente. O evento também foi um momento de confraternização, pois cada família levou um prato para o momento de partilha.

Esse tipo de atividade, de acordo com Tânia, é uma forma de envolver as famílias, de permitir que uma conheça a realidade da outra, que elas possam constatar que vivem situações similares e peculiares, mas que podem se ajudar. Essa troca de informações e experiências é uma forma de fazer com o autismo seja mais conhecido.

LUTA CONTÍNUA – Em setembro deste ano, a Associação de Familiares e Amigos dos Autistas – VIDA de Toledo – completa mais um ano de fundação. A Associação foi pioneira na região e serviu como base para que outros municípios iniciam seus projetos. Inicialmente, os atendimentos eram realizados no Parque Frei Alceu, em espaço inadequado. Em fevereiro de 2014, a entidade passou a atender em uma estrutura cedida pela prefeitura localizada na Rua Marumbi, 472, no Jardim Gisella.

QUALIDADE DE VIDA – O diagnóstico de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), geralmente, inicia com o pediatra durante as consultas mensais de acompanhamento do desenvolvimento da criança.  Quando surgem dúvidas em relação a comunicação, interação social e padrões restritos e estereotipados do comportamento, a criança é encaminhada para o neuropediatra ou psiquiatra infantil para iniciar a investigação com a equipe multidisciplinar. O caminho pode ser complexo até chegar ao diagnóstico e quem pode sofrer nesse processo é o paciente e seus familiares.

A qualidade de vida das pessoas com TEA está relacionada a identificação precoce e as terapias realizadas, por isso, segundo a presidente da Associação, é importante que esse público tenha acesso aos atendimentos, tenha uma rede de apoio, bem como seus familiares. Tânia pontua que a qualidade de vida envolve atendimento médico e de uma equipe multidisciplinar, geralmente, composta por profissionais na área de fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e terapeuta ocupacional.

NÍVEL

Atualmente, o que se tem de comprovação científica indica que a melhor linha a ser trabalhada com o transtorno é a análise aplicado do comportamento, com suporte para as famílias instrumentalizando os cuidadores para dar continuidade no trabalho em casa e também suporte para a escola. O TEA apresenta três níveis que vão direcionar as necessidades de apoio. São eles nível 1: caso leve, pouco apoio; nível 2: moderado, necessita de suporte substancial e nível 3: severo, apoio muito substancial ao longo de toda vida.

Da Redação

TOLEDO

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