Atletas da ACT/TRA sobem ao pódio em Nova Andradina

Em dupla, insano, individual, prazeroso ou extremo, assim é o ciclismo. A modalidade esportiva que rende momentos épicos e inacreditáveis é contada e recontada por seus amantes. O mountain bike vive em permanente reverência a sua história e o atleta é sempre medido por sua conquista, pela sua superação, por ser desafiado. Davi Franco, Ademir Klein e Marcelo Rocha, da Associação Ciclística de Toledo (ACT) / Team Refit Avenida (TRA), testaram os seus limites e foram resilientes na 8ª Ultramaratona 250K Pata de Onça, em Nova Andradina (MS). No último fim de semana, nos dias 2 e 3 de setembro, os ciclistas demonstraram, mais uma vez, o comprometimento com o esporte e suas habilidades com a bike.

Com o apoio da Prefeitura de Toledo, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel), os atletas disputaram um lugar ao pódio com mais de 600 ciclistas de vários estados do Brasil e do exterior, o que aumentou ainda mais a dificuldade.

A Ultra 250K Pata de Onça é considerada a prova ‘queridinha’ dos ciclistas. Mas, o trajeto e a condição climática não foram legais com eles. Com uma média de 37°C e sensação térmica de 45°, ventos de quase 40km mais a chuva, Davi, Ademir e Marcelo mantiveram o foco, superaram as adversidades, concluíram a prova e subiram ao pódio.

Na categoria solo sub 30, Davi Franco, relata que dentro das condições de seus treinos o resultado foi positivo. “Eu almejava estar entre os cinco e fiquei em quarto lugar. A Ultra é muito dura! Anualmente, o ciclista vive uma surpresa diferente. Nesta edição, foi a chuva, pois o calor e o vento já são os nossos amigos. Em alguns pontos do trajeto quase foram formadas represas na estrada, o que dificultava ainda mais”.

Em quarto lugar, Davi Franco destaca o grau de dificuldade da prova – Foto: Henrique Westphal

Davi Franco salienta que fez a prova em um bom tempo. “Fiquei contente com o meu desempenho. Agora é descansar e pensar para o próximo ano. Precisamos ter a ‘cabeça no lugar’, estar bem consigo para conseguir terminar a prova”.

GRATIDÃO – Ademir Klein e Marcelo Rocha disputaram na categoria Dupla Master C (+91 somados) e conquistaram o quarto lugar. Marcelo se aventura nas estradas de Nova Andradina há três anos e Ademir participou de todas as edições. Segundo Marcelo, essa foi a edição mais desafiadora. “O primeiro dia, precisamos pedalar em média 150 Km; você chegar na metade da prova e observa outros ciclistas procurando sombras, exaustos e você conseguir terminar essa etapa já é gratificante. Melhor ainda é estar no segundo dia, finalizá-la e subir ao pódio com o seu amigo. Estar entre os dez melhores da categoria na Pata de Onça é a melhor sensação. É uma vitória!”.

Marcelo e Ademir comentam que a Ultra é considerada uma das cinco maratonas de MTB com grau de dificuldade elevado do Brasil. “Vimos muitos ciclistas experientes não suportarem as condições dessa prova. Estar entre os dez é gratificante”.

Os ciclistas ainda analisam que o terreno de Nova Andradina possui características diferentes em relação ao de Toledo e região. “Estamos acostumados a pedalar com altimetria. Na Pata da Onça, são 250 Km em terreno plano, areia e muito calor e vento. Pedalamos horas e horas com fazendas de cana ou de boi ao nosso lado. Sombra? É algo raro. O sol surge e a temperatura é elevada desde as primeiras horas do dia”.

Mas, Marcelo e Ademir salientam que essa prova é considerada uma das mais organizadas. “Muitas pessoas são voluntárias e se dedicam de ‘corpo e alma’ nos pontos de hidratação. A organização não mede esforços para tratar bem o atleta. A comunidade te espera e te recebe com alegria”.

Em 2024, Davi, Marcelo e Ademir retornam para a Ultra Pata da Onça? A resposta ainda é indefinida, mas a vontade de estar lá é maior e quem sabe, eles busquem a superação.

Da Redação

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