Ato de compromisso de implementação do NAPI fomenta pesquisa no setor de alimentos

Um marco na história do Biopark, de Toledo, do Estado do Paraná: assim pode ser definido o ato de compromisso de implementação dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação – NAPI – com foco em alimentos saudáveis. A solenidade ocorreu, na manhã de sexta-feira (15), no Biopark e reuniu autoridades municipais, regionais e estaduais.

O ato de compromisso firma a parceria operacional do Arranjo de Pesquisa e Inovação em Alimentos Saudáveis com o objetivo de desenvolver soluções inovadoras em alimentos. Os trabalhos estão focados no diferencial competitivo das indústrias paranaenses e na longevidade de consumidores no mercado nacional e internacional.

A ação é uma iniciativa do Biopark, do Biopark Educação, da Fundação Araucária, do Governo do Estado do Paraná por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, da Embrapa e da Prefeitura de Toledo.

“Anunciamos uma estrutura de desenvolvimento regional e inovação.  Fazer inovação aberta”, destaca o fundador do Biopark, Luiz Donaduzzi. “O grupo que se forma com dez grandes empresas terá conhecimento total gerado. São questões na região que serão resolvidas”, pontua ao exemplificar que foram reunidas dez grandes empresas, sendo sete cooperativas.

Donaduzzi comenta também que obter alimentos saudáveis é preciso falar em solo e animal saudáveis. Ele cita que as empresas envolvidas fizeram planejamento para os próximos 50 anos e o esperado é atrelar a pesquisa e o conhecimento de maneira conjunta.

PESQUISA QUE INOVA – “O convênio contempla R$ 50 milhões. O Governo entra com metade e a outra metade é dividida entre as empresas participantes. O ITAL, o maior Instituto de Tecnologia de Alimentos está conosco”, reforça Donaduzzi.

A iniciativa prevê, mediante a observância dos trâmites legais de contratação, o aporte total de R$ 50 milhões. Do total, R$ 25 milhões em recursos públicos – do Fundo Paraná – e R$ 25 milhões em recursos privados – provenientes das cooperativas e empresas parceiras. “Eu tenho um sentimento que vamos mudar a maneira que se faz pesquisa. Os resultados de uma pesquisa podem colaborar com outras regiões, inclusive do Brasil. Alimentos saudáveis englobam o cuidado com o solo, com os animais (sanidade animal) e plantas”, menciona Luiz Donaduzzi ao complementar que a expectativa é apresentar resultados aos clientes em um ano.

REFERÊNCIA – Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná, Aldo Nelson Bona, foi um dia histórico. Ele destaca que o intuito é – com essa união de esforços – tornar o Estado do Paraná uma referência global no desenvolvimento de inovações para o segmento alimentício e o ato pode refletir o potencial de um grande projeto articulado há algum tempo.

“O Biopark agregou um conjunto de empresas e indústrias para participar de um arranjo de pesquisa e inovação com o objetivo de produzir tecnologias para alimentos. A Fundação Araucária concebeu e surgiu um trabalho em rede e o propósito é gerar soluções para os problemas, ou seja, elencaram os temas e os gargalos do setor produtivo. São temas que serão financiados entre poder público e privado”, salienta.

GERAR DESENVOLVIMENTO SOCIAL – Bona aponta que com o grupo de trabalho bem consolidado é possível dar os próximos passos. “Vamos reunir com o chamamento público a melhor inteligência para gerar a solução e com tudo isso gerar desenvolvimento social. A ciência e o conhecimento são utilizados para uma ciência que gere soluções para um problema”, evidencia.

Segundo o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi, o desenvolvimento social também acontece quando envolve a pesquisa e todos os frutos que ela pode gerar. “A pesquisa envolve tempo, recursos e acreditar muito nela. A pesquisa é um exercício de acreditar que vai dar resultado. Quando o assunto envolve desenvolver alimentos melhores ou mais saudáveis significa não sair da pesquisa com produtos de prateleira, isso pode ser dado desde reuso de água, tratamento e desenvolvimento de novos produtos. Embarcamos nesta tendência ou o trem vai passar e ficaremos no caminho. A inovação é capaz de criar riquezas e a evolução acontece quando essa riqueza é reinvestida. As empresas participantes estão crescendo e muito bem, mas elas precisam continuar evoluindo. A inovação é um ato de fé e precisamos nos inovarmos”, finaliza.

Da Redação

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