Apesar de estoque regular, Banco de Sangue de Toledo precisa de doadores

Doar sangue é um ato de solidariedade e empatia. É ação do doador que reflete diretamente nos trabalhos da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo (Banco de Sangue). Apesar de ter registrada uma baixa nas coletas nos meses de agosto e setembro, atualmente, Toledo está com o estoque regular, contudo, porém, a necessidade de bolsas é imprevisível e a Unidade precisa contar com a regularidade dos doadores, além da busca por novos.

A chefe da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo (Banco de Sangue), Vania Frigotto, cita que até a última quarta-feira (2), o estoque seguia dentro da normalidade. O fator que chama a atenção é a redução do número de doadores. “Em junho a Unidade de Coleta registrou 752 candidatos; em julho foi 794; em agosto foram 699 e em setembro caiu para 621”, cita.

“Os estoques estão regulares. No mês de setembro, percebemos mais uma baixa ainda no número de doadores, tivemos a média de 24 por dia, sendo que nossa capacidade técnica é de atender 44 por dia”, aponta Vania. Em setembro o Banco de Sangue de Toledo atingiu 54,5% da capacidade de coleta diária.

REDUÇÃO DAS COLETAS – Entre as justificativas para a redução das coletas nos últimos dois meses, Vania comenta que envolve intercorrências técnicas da Unidade e também dos doadores. “Obviamente temos situações eventuais de falta de profissionais por motivos de saúde e isso impacta também no número de bolsas coletadas. Houve baixa no agendamento mesmo, nosso número de faltosos reduziu muito depois das mensagens de confirmação, como respostas a essas mensagens tivemos cancelamentos. Mas, avaliamos o cancelamento como algo positivo porque podemos abrir a vaga novamente, o observado de fato, foram poucos agendamentos”, justifica.

Na tentativa de reverter essa situação e evitar que outubro, novamente, seja um mês com queda no número de doadores, a Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo tem adotado medidas. “Estamos entrando em contato com grupos organizados e empresas para fecharmos a agenda com o máximo de doadores possível”, comenta ao reforçar que “enquanto alguém lê essa matéria, um paciente e uma família estão precisando de uma transfusão de sangue”.

O DOADOR COMO PROTAGONISTA – O diretor da 20ª Regional de Saúde, Fernando Pedrotti, enaltece a relevância de quem dispõe tempo e procura uma Unidade de Coleta, pois é um ato que ajuda a salvar vidas. Ele reforça que sem o doador não existe o trabalho do Banco de Sangue.

“É importante ressaltar o papel dos doadores, a importância que eles têm e a importância que a gente busque manter um estoque regular. O sangue é um insumo que ele também tem um prazo, uma data de validade. O sangue não é algo que a gente colete hoje e consiga guardar para daqui a um mês fazer uso. Até tem algum ou outro hemoderivado que é possível congelar e usar daqui a 30 dias. Mas, a imensa maioria deles é de três, cinco, sete dias, ou seja, se neste período de ele não for utilizado, terá que ser descartado. O que buscamos é manter a regularidade das doações e respeitar o doador. Respeitar aqueles que necessitam, ou seja, fazer uso de forma racional e fazer uso respeitando o gesto de cada um. Manter a regularidade das doações significa ter a garantia da oferta desse insumo, também representa atuar em rede e isso também é primordial”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

PARA SER DOADOR

Para ser voluntário é preciso ter entre 16 a 69 completos, pesar no mínimo 51 quilos, ter boa saúde, estar bem alimentado, hidratado e apresentar um documento de identidade com foto. Os homens podem fazer a doação de dois em dois meses, enquanto as mulheres devem respeitar um intervalo de três meses para cada doação. São coletados aproximadamente 470 ml de sangue, de acordo com o peso e altura do doador, além de quatro tubos de sangue para a realização dos exames. O horário de atendimento é das 7h30 às 10h30 e das 13h às 15h30. Para agendar a doação basta entrar em contato pelo WhatsApp (45) 98821-3171 ou pelo link https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Doacao-de-Sangue.

SALVAR VIDAS

Com uma doação é possível salvar até três vidas, devido o fracionamento do sangue. Após ele ser coletado precisa ser processado e fracionado em hemocomponentes. Assim uma doação resulta a produção de três tipos de hemocomponentes: plasma fresco, plaquetas e hemácias. Não se transfunde o sangue total. Esse fracionamento otimiza o uso do sangue, pois o paciente só irá receber o componente que ele realmente precisa e isso garante uma melhor estabilidade na questão de estocagem.

DESDE A DÉCADA DE 90

A Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo entrou em funcionamento na data de 5 de outubro de 1997. Entretanto, iniciou as coletas de sangue somente no mês de janeiro do ano seguinte. Na época, o Banco de Sangue era administrado pela Prefeitura em parceira com a Secretaria estadual da Saúde (Sesa). A partir de agosto de 2005, a Unidade passou a ser gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) em parceria com a Sesa. O Banco de Sangue de Toledo, além das doações, também realiza o cadastro de candidatos à doação de medula óssea. As bolsas são distribuídas nos 18 municípios da 20ª Regional de Saúde, entre as unidades de saúde conveniadas (hospitais e clínicas).

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