Biopark e Embrapa reúnem cooperativas da região para encontro sobre produção de aves e suínos

Pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves participaram de uma rodada de conversas no Biopark, no Oeste do Paraná, na segunda-feira (12), para esclarecer as linhas de pesquisa que serão desenvolvidas na unidade Mista de Pesquisa e Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, que será instalada no Ecossistema. “Essa reunião aconteceu para entendermos as necessidades e configurarmos qual é a estrutura em um curto, médio e longo prazo; pensando em uma ampliação de escopo de atuação e ampliação dessa grade de pesquisas”, ressalta o pesquisador-chefe da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe.

A reunião com os principais atores do setor na região enriqueceu o debate que teve o objetivo de demonstrar as oportunidades e desafios. “Hoje é um dia histórico, conseguimos uma integração entre as forças produtivas para o desenvolvimento sustentável com a presença de todas as cooperativas de produção do Oeste”, enfatiza o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek. A gerente de gestão de qualidade, meio ambiente e inovação da Lar cooperativa agroindustrial, Márcia Pessini, enfatizou a importância do encontro. “A Embrapa possibilitará maior sinergia com a cadeia produtiva da nossa Região, proporcionando o desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação, além de atuar em demandas estratégicas com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção”.

De acordo com a Embrapa, com a configuração, formatação e implantação da unidade no Biopark acontecerá uma conexão da vertente de suínos e aves com as empresas que atuam no setor produtivo. Toledo, ocupa o primeiro lugar do Estado em rebanho de suínos para abate, com 1, 8 milhão de suínos de corte, de acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). “Entendemos que muitos desafios são por conta da intensificação da produção e, nesse sentido, a nossa lógica de pesquisa é voltada para o desenvolvimento das soluções de forma rápida, chegando com agilidade até as cadeias produtivas e retornando para a sociedade na forma de resultados, ampliando a capacidade produtiva e a sustentabilidade; melhorando a condição do homem do campo que é fundamental nesse processo”, explica Krabbe.

INOVAÇÃO – Na ocasião, o vice-presidente do Biopak, Paulo Almeida, falou sobre o modo de promover a inovação com olhar para o entorno e a promoção de entregas reais que aproximam pesquisa e comunidade. “Para a nossa Região é um momento de integração para demonstrar as necessidades junto de um órgão tão competente, referência em pesquisa agropecuária. É um dia importante aonde colhemos as demandas e entenderemos às necessidades. Tanto a Embrapa, quanto o Biopark, as cooperativas e as empresas que são atingidas pela cadeia de suínos da nossa Região, têm que se desenvolver, melhorar e pensar em condições para conseguir manter o seu progresso”, ressalta.

Entre as dificuldades apontadas pelos representantes das cooperativas, estão a implantação de um laboratório Regional de análises laboratoriais, para o desenvolvimento de vacinas como o senecavírus e influenza suína; o destino para os resíduos; fontes alternativas de novas tecnologias para o aquecimento das aves; automação das Unidades produtoras de leitões (UPLs), devido à escassez da mão de obra; modernização da inspeção federal; além de soluções para o aproveitamento de resíduos industriais, entre outras. As principais demandas, servirão como base para os projetos de pesquisa ou de inovação tecnológica que poderão ser desenvolvidos por meio da Embrapa. Para Krabbe, esse é o momento de estreitar relações para que o trabalho seja eficiente, com foco no que é mais urgente e em benefício do agronegócio.

“É nos aproximarmos de quem depende dessa tecnologia que de certa forma enfrenta desafios, para que saibamos o que precisa ser feito e quanto trabalho resultará desse desenvolvimento das soluções, para dimensionarmos como a Embrapa, junto com o Biopark, estruturará essa Unidade Mista de Pesquisa e Inovação para que consigamos chegar de fato lá na ponta; com os resultados que são necessários”, explica Krabbe.

A encarregada de pesquisa e desenvolvimento da C-Vale, Stelamaris Spies, ressaltou a necessidade de entender de forma aprofundada os problemas das empresas como um todo, com metodologias estudadas e qualificadas com credibilidade à nível mundial. “Conseguir fazer esse vínculo, essa visão sistêmica entre os problemas que realmente acontecem, os estudos da causa raiz desse problema e uma ação, em uma tratativa que seja correta, de maneira legal, regulamentada e disseminada entre todos, não só no Oeste do Paraná, mas no Brasil inteiro”, diz.

TOLEDO

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